Capítulo 12

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Felipe

Aquela garota saiu daqui e mal conseguia raciocinar depois da notícia que ela me deu, como assim ela está grávida, não pode ser meu, não é possível. E se for meu? E a Paola? Meu Deus o que eu fiz? Ela podia tirar... Não. Isso tá errado. O que eu to falando? Eu tenho que arcar com as consequencias.

- Droga Felipe. — voltei ao portão e sai a procura da tal garota, mas não a vi por ali, voltei para casa e perguntei na portaria. - Uma garota passou por ai? Ela estava de blusão branco.

- Ela já foi. — o porteiro me alertou.

- Ah obrigado. Boa noite. — agradeci.

- Boa noite.

Desliguei e me sentei no sofá, precisava pensar muito sobre tudo isso, estava tudo muito calmo, alguma coisa tinha que acontecer. Eu fui um idiota, a Paola não vai me perdoar.

Peguei as anotações procurando os dados da garota, Camille o nome dela. Depois de um tempo achei tudo e fui direto para o meu quarto, olhei seus dados e anotei no celular. Se eu ligar agora ela talvez não atenda, mas mesmo que atenda vai estar com raiva de mim, eu a tratei mal. Como eu sou burro. Amanhã eu tento falar com ela.

[...]

Acordei cedo e impaciente, eu tinha que reverter o que tinha feito e ainda teria que conversar com Paola, eu estou muito ferrado, tomei meu banho e desci para comer algo, esperaria até as dez da manhã para ligar para Camille, acho que ela já estaria acordada a essa hora.
Comi pão com suco não tinha cabeça para preparar algo mais elaborado, eu tinha que fazer com que eu resolvesse tudo com aquela garota.

Quanto mais eu queria que o tempo passasse, mas ele parecia demorar, nunca fiquei tão ansioso quanto estou agora e isso estava me matando. Ainda eram nove e meia e eu já não conseguia esperar, liguei para ela e esperei que atendesse.

- Alô? — ela atendeu, meu Deus.

- Alô, Camille? — perguntei ansioso.

- Sim? Quem fala?

- Felipe, não desliga, por favor. Eu queria me desculpar por ter agido daquela forma.

- Se desculpar? Não quero saber das suas desculpas Felipe. Guarda seu arrependimento para você. — ela falou brava e suspirei.

- Eu quero conversar direito com você, eu fui pego de surpresa, fiquei com medo, eu não deveria ter agido daquela forma. Eu sei que não é fácil desculpar, mas eu quero fazer o certo, quero te dar todo o apoio. Nos começamos de forma errada e eu quero concertar isso.

Ela ficou calada e meu coração ficou acelerado.

- Está bem Felipe.

- Podemos nos ver? Eu posso te buscar ou ir até sua casa. — falei apressado.

- Vem na minha casa. Vou te passar o endereço.

Ficamos conversando por alguns minutos e desliguei, fui para o quarto e me arrumei, desci animado e fui logo para a garagem. Entrei no carro e sai do condomínio, passei numa floricultura e comprei um buquê de Rosas, do lado da loja vendia algumas pelúcias, peguei uma consideravelmente grande e levei para o carro.

Segui até meu destino e desci do carro, peguei tudo e fui até a porta, toquei a campainha e esperei apreensivo. Em alguns minutos ela apareceu e pela primeira ou segunda vez a olhei de melhor e vi o quanto era linda, seu cabelo voava e balançava com seu andar tipo num comercial.

- Hey? — ela me chamou e sorri. - Você está Bem?

- Sim. — sacudi a cabeça tentando tirar os pensamentos que estavam ali e dar atencão a ela. - Isso é para você. — entreguei o buquê e ela fez uma careta.

Amor Por Acaso (Felipe Neto)Onde histórias criam vida. Descubra agora