Amor Por Acaso (Felipe Neto)

Capítulo 16

Assim que acordei senti o algo ao meu lado, abri meus olhos e dei de cara com Felipe, me assustei no começo, mas logo me lembrei. Ainda não acredito que transamos e dormimos lado a lado, se falassem que eu estaria na casa do Felipe Neto, dormindo com ele a alguns meses atrás eu chamaria essa pessoa de louca, falaria que a pessoa estava usando drogas, que era impossível, mas o destino mostrou que tudo pode acontecer. Me levantei com cuidado e fui ao banheiro, fiz minhas necessidades  e escovei meus dentes e fui logo para o box, liguei a ducha e a ajuste a temperatura, adentrei a mesma. A água estava perfeita, deixei a mesma cair sobre meu corpo o massageando, perdi a noção do tempo ali, terminei meu banho e me enrolei na toalha. Escutei barulho do lado de fora do banheiro e sai do mesmo.

- Felipe? — o chamie e me deparei com uma cena constrangedora.

Não sabia o que falar ou como reagir quando vi que o Felipe estava agarrado a Paola, senti uma coisa estranha dentro de mim e não era na barriga.

- Quem é ela Felipe? — Paola perguntou é e me olhou de cima em baixo, olhei para o Felipe esperando uma resposta.

- É... Uma amiga. — essa é a desculpa esfarrapada dele? Eu não acredito.

Não sabia o que falar, se queria ou não falar sobre o que tinha acontecido ali, mas acho que ela não é idiota, não posso deixar o Felipe se safar assim.

- Amiga com benefícios né Felipe. — falei e ele engoliu seco, na hora ela olhou para a cara dele.

- É o que? Você disse que queria conversar comigo resolver as coisas e eu chego aqui é vejo isso?— enquanto ela falava peguei minha bolsa e estendi minha roupa sobre a cama, peguei meu óleo corporal e comecei a passar no mesmo, fiquei nua na frente dos dois sem nem me importar. - Que merda é essa Felipe? Você pede para eu vir conversar com você e eu me deparo com essa cena.

- Paola você mesma me ignorou, não faz sentido estarmos juntos, achei que era isso que você queria.

- Dai você arruma outra rapidinho?

- Ele não arrumou outra, ele já tinha. — comecei a me vestir e ela me olhou com raiva.

- Você é um filha da puta Felipe. Você fala que me ama e mais que de pressa tá na cama com outra. É ela a garota da foto?

- Sim, sou eu e se ele realmente quisesse algo com você não me chamaria para casa dele e nem transaria comigo. Presta atenção que a única que está bancando a boba aqui é você.

- Cala a boca! — ela gritou e ri.

- Parem com isso, por favor.

- Eu vou indo, acho que vocês têm que conversar. — fechei minha bolsa.

- Vai mesmo, não deveria nem estar aqui.

- Você fica! — olhei o Felipe confusa. - Esper aqui, por favor. Eu vou conversar com a Paola.

- Você quer que ela fique? Eu vou embora então. — acenei para ela dando um tchauzinho. Eu não deveria ser debochada, ela não merece o que o Felipe fez com ela, mas ele fez com ela e não eu.

- Se você quiser ir vai Paola, eu não queria que as coisas tivessem seguido por esse caminho. Mas eu te trai e não me orgulho disso, eu fui um idiota, mas não me arrependo, eu conheci uma pessoa legal e eu quero ficar com ela. O que tivemos foi bom, mas eu não percebi que tinha acabado naquela noite.

Ela o olhava sem reação ouvindo suas palavras, seus olhos estavam cheios de lágrimas, ela devia estar arrasada.

- Naquela noite que eu te traí eu nunca mais fui o mesmo, o que eu sentia não era mais como antes. Eu tentava me dizer que era, mas não era.

-E você ficou me enganando a quanto tempo, a quanto tempo tá com ela? — ela perguntou e as lágrimas caiam sobre seu rosto com força.

- Eu... A alguns meses eu fui a uma boate e acabou que eu e a Camille ficamos juntos. — transamos, fala claramente...

- Meu Deus Felipe! Como você pode?

- Mas só agora nos reencontramos. Me desculpe, eu não queria te magoar, mas aconteceu. — oops.

- Você fala como se você tivesse derrubado algo, você me traiu, me traiu com essa vadia. Você tem noção Felipe? Você jogou fora anos de namoro por um tipinho desses ai.

- Lava essa boca para falar de mim valeu? Se você não foi mulher suficiente para segurar seu homem a culpa não é minha. Você não me conhece então não vem falar de mim. O errado é ele, você TINHA um relacionamento com ele. — dei ênfase no tinha para ver se ela entendia.

- Vocês dois se merecem mesmo. Dois lixos. — respirei fundo pronta para pular nela, mas senti minha barriga mexer e me contive. - Sejam infelizes. — ela saiu do quarto e Felipe foi atrás dela.

Eu segui os dois, não sou boba. Felipe tentou conversar com ela fazer com que se resolvessem e ficassem amigos, mas a todo momento ela só desejava coisa ruim para gente e aquilo já estava enchendo.

- Vai embora logo Paola, já tá chato você não muda o disco. Ninguém vai ser infeliz porque você quer. Nós estamos felizes e a cada dia vamos ficar mais, se conforma que não é suficiente para ele vai embora. — gritei do alto da escada enquanto os olhava la em baixo e ela me olhou furiosa, bufou e finalmente saiu. - Já vai tarde.

- Ei não piora as coisas.  — ele reclamou e revirei os olhos.

Nem sei porque eu tive essa atitude, eu não gosto dele, eu acho. Que droga Camille, por que você tinha que abrir essa sua boca...

- Vem comer. — Felipe chamou e desci.

- Eu não devia ter falado aquelas coisas. — comentei arrependida.

- Relaxa, eu até gostei. Parece que sente algo por mim. — o olhei e ele comecou a oegar coisas e colocar numa tigela, estava preparando algo que me deixou curiosa.

- Isso é coisa da sua cabeça. — me aproximei.

- Não acho. Você me conheceu com seu discurso. — ele jogou o conteúdo da tigela numa frigideira e continuei observando.

- Eu só queria que ela fosse embora. Não fique se achando. O que está fazendo?

- Panquecas americanas, gosta?

- Uhum, tá me dando fome esse cheirinho. — salivei na hora. - Tem sorvete?

- Acho que sim, pode olhar na geladeira? — assenti e fui até a mesma a abrindo e procurando. - Achou?

- Sim. — peguei uma colher e comecei a comer, me deu muita vontade de comer de repente.

- Pode comer... Bom acho que já tá fazendo. — ele sorriu ao me ver comendo e sorri de volta. - Me da um pouco? — assenti e fui até ele e lhe deu uma colherada na boca.

- Muito bom. — comi e fui me sentar.

- Já estou terminando aqui. — ele disse enquanto tirava a última panqueca e colocou o prato na mesa.

Fiquei o observando e olhando o que ele colocou sobre a mesa, umas frutas, Nutella, Mel, calda. Eu vou ficar gorda hoje. Ele preparou um café e colocou suco de laranja na mesa.

- Obrigada. — o agradeci e me servi.

- De nada, mas depois quero uma coisa.

- O que? — o encarei desconfiada e ele sorriu.

- Um beijo. — ele se serviu  e começou a comer.

- Vou pensar no seu caso. — comecei a comer e ouvi barulho vindo da sala, olhamos para a porta meio assustados esperando o que viria.

Só espero não ser a Paola com uma arma.

[...]

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Olá amores sei que to devendo esse capitudo faz tempo, mas eu não me senti bem para escreve-lo, está curtinho, mas acho que muito bom. Desculpa qualquer  erro. Bjs