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Após muita conversa e álcool, todos — inclusive Elouíse e exceto Sebastian — se viam muito "alegres".
— Uma vez eu caí, e... Torci. O pé. — ela começou a rir de si mesma. Não conseguia discernir se ria pelo o ocorrido ou pelas pausas desnecessárias que fazia ao contar-lhe a história.
— E quem cuidou de você?
— Ninguém. — ela esboçou um bico nos lábios. — Nem mesmo ela. — fez um gesto com o queixo á Aurora que se via junto com o Tom, em meio á inúmeros flertes.
— E o quê você fez?
— Sentei e esperei alguém vir me ajudar. O Noe tentou, mas... Você sabe, ele é velho. E caiu junto comigo. — ela voltou a rir.
O homem não se conteve e riu.
— Depois eu fiquei no chão... Acho que neste dia eu estava como hoje... Incrível. — ela bebeu outro gole de vinho e venerou-se.
— Você não existe. — ele bebeu um gole d'água.
— Existo, sim. Estou bem aqui.
Ele sorriu e a mesma moveu-se para comer um pedaço dá porção que se via na mesa; frango frito com molho. Ela pegou uma coxa e a mordeu com gosto, esquecendo-se do mundo e de todos ao seu redor. Ao sentir o óleo e a casca crocante do frango, fechou os olhos e jogou-se em seu sabor. Era como se nunca o tivesse comido. Ou como se essa fosse a última vez. Ela comeu até a última grama de carne do osso e deixou o mesmo em cima do prato, bebendo outro gole de vinho. Sebastian a observava com os olhos atentos á todo e a qualquer movimento dela. Gostava de vê-la comendo, mesmo que isso soasse excêntrico.
Elouíse virou-se e observou os outros na mesa, dando a oportunidade de Sebastian vê-la por completo e não somente de perfil. E com isso, notou um pouco de molho perto de sua bochecha.— Ei. — ela o olhou.
Ele levou o seu polegar á boca e umideceu o mesmo com a sua saliva quente, movendo-o ao canto dos lábios dela. Alí, ele esfregou o dedo levemente até que o ketchup sumisse. O mesmo hipnotizou-se por seus lábios carnudos. E o melhor de tudo é que ele possuía o seu dedo bem alí, onde o seu delírio e o seu desejo se encontravam. Não contevê-se e levou o dedo ao seu lábio inferior, começando levemente uma linha reta á outra extremidade. E a partir disto, o seu dedo subiu ao lábio superior dela e cruzou uma linha reta ao outro canto, completando um círculo vicioso de loucura.
Sebastian subiu o olhar e notou que a mesma se via com os olhos fechados esse tempo todo. Elouíse curtia o momento, mesmo que limitada á isso por culpa do álcool. Porém, pôde sentir o seu toque. Sentiu-o e viu-se em cima de nuvens. Nuvens que a levavam aos limites do céu, bem como o perfume dele. Nuvens que a faziam sentir estremeços pelo corpo, bem como o toque dele. Nuvens que a carregavam no colo com a doçura e com a cor branca em meio ao céu azul, bem como os olhos sedutores e intensos dele. Nuvens que a inspiravam bons desejos, bem como olhá-lo e desejar tudo o quê pudesse ter de melhor dele.
Por fim, Sebastian deu-se conta dos seus atos e moveu o seu dedo para longe, fazendo Elouíse abrir os olhos. Os Chris'es riam alto continuamente, recebendo a atenção não só de todo o restaurante, mas também dás duas almas fortemente atraídas.— Eu duvido! — Chris Hemsworth exclamou com convicção.
— Ah, é?! — Evans retrucou, aceitando o desafio e pedindo meio litro de cerveja ao garçom.
O homem assentiu, seguiu á cozinha e em poucos segundos, entregou-lhe o seu pedido. No mesmo segundo, Evans começou a beber a cerveja velozmente, engolindo gole por gole com pouquíssimos segundos de distância uns dos outros. Até que em certo momento, engasgou-se levemente e acabou cuspindo um pouco do líquido que possuía na boca. Hemsworth berrou ao ver a cena e Anthony juntou-se á ele. Evans levantou os braços e começou a tossir, rindo. Todos observavam a cena e riam. Ao mesmo tempo em quê era comum, — já que os homens demoram um milênio para amadurecer — era um pouco bizarro ver dois adultos bem-sucedidos, competindo sobre quem conseguia beber um copo de cerveja sem se engasgar.
— Bunda mole. — Hemsworth riu, definindo o seu amigo.
— Ah, cala a boca.
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The Interview; The Principle Of Our Love
RomanceE se uma entrevista desse início a uma bela história de amor? E se pequenos sons, pequenos dizeres e sentimentos, dessem início a um amor louco e urgente? E se uma pequena foto, uma pequena ordem e uma profissão destruíssem tudo o quê construíram j...