ATENÇÃO = 🔞!
Após a noite preencher os céus, a voz do Kevin ecoou dizendo que “encerrou por hoje” e o homem dos olhos turquesa moveu-se velozmente ao seu veículo. Não permitiria nunca que um vácuo se preenchesse entre ele e Elouíse. Não permitiria que questões cruéis e confusões infindáveis corroessem a mente dos mesmos. Ele poria tudo à limpo hoje. Agora. No mesmo segundo, deu início ao percurso rumo à residência dela. A urgência era imensa, por isso o mesmo correu há muitos quilômetros.
Por fim, freou bruscamente defronte ao portão e desceu do veículo em um único movimento, rápido e frenético. Deslocou-se e notou que o mesmo se via aberto, por isso entrou no terreno e logo o fechou. No segundo seguinte, tocou a campainha incontáveis vezes.
Por culpa dos ruídos estrondosos, o sono de Elouíse fora interrompido e a mesma ergueu-se à porta. Abriu-a e surpreendeu-se ao ver o homem em meio a uma respiração forte e com os olhos fixos nos dela. A ruiva coçou os olhos inestimáveis vezes, até convencer-se de que ele se via mesmo à sua procura.— Sebastian? O que houve? — ela o questionou, em curso de um pequeno susto. Logo retirou-se de sua frente e permitiu que o mesmo pusesse os pés dentro de sua casa.
— Me diz você.
— Desenvolva, não estou conseguindo entendê-lo. — ela cruzou os braços.
— Você soou muito sincera no set. — a sua expressão era séria.
— Eu deveria cumprir bem o meu papel. — ela o retrucou, firme e convicta.
— E o fez com excelência. Mas isso não responde a pergunta que te fiz.
Aproximou-se do seu corpo coberto pela mesma roupa de cedo e a leu com os seus olhos reluzentes. Ele poderia, muito bem, descobrir a resposta somente por olhá-la nos olhos por breves segundos. Contudo, preferia ouvi-la dizer; preferia ouvir dos seus lábios finos e doces.
— Bem, responde. O Kevin me pediu um favor e eu o fiz. — Elouíse deu de ombros e ao sentir a respiração dele próxima a sua, fechou os olhos e praguejou. Maldição!
— Você atuou ou não? — ele proferiu palavra por palavra, pausadamente.
De repente, Elouíse sentiu os dedos dele no seu queixo. Ele o ergueu levemente em uma clemência. Em uma súplica. Ele queria que a ruiva o olhasse e o dissesse a verdade, como sempre o fizera. Por que desta vez tinha que ser difícil? Sebastian a entendia. Entendia como era complicado. Vira isto no casamento, em momentos onde a mesma desviou-se vez após vez dos jornalistas. Vira isto nela, afinal, o seu emprego era difícil devido aos sentimentos que os mesmos possuíam um pelo outro. E de repente, uma confusão maior instalou-se na mente de ambos. A verdade era que ele a entendia como ninguém.
Abriram-se os olhos cor de mel, em um gesto sutil. — O quê você quer de mim?
Sebastian moveu os seus dedos do queixo ao rosto de Elouíse e a confessou com veemência: — Eu quero você. — o tom de sua voz subiu e engrossou, levemente. — Eu quero que você receba tudo, não a metade. E é por isso, que eu preciso que você me diga.
A ruiva engoliu em seco e sentiu os seus olhos encherem-se de água. O seu peito doeu e a sua mente brilhou em júbilo. Elouíse deu-se conta de como esperou ouvir àquilo dele. Nunca fora de entregar-se no primeiro momento, porém, sempre vivera intensamente. Sempre sentira intensamente. Deste modo, o que sentia por Sebastian a esta altura do campeonato, não era somente uma leve atração ou interesse. Desconhecia que tipo de sentimento era, mas com certeza não era algo bobo ou passageiro.
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The Interview; The Principle Of Our Love
RomanceE se uma entrevista desse início a uma bela história de amor? E se pequenos sons, pequenos dizeres e sentimentos, dessem início a um amor louco e urgente? E se uma pequena foto, uma pequena ordem e uma profissão destruíssem tudo o quê construíram j...