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Elouíse possuía um álbum em sua mente de todos os momentos que vivera com o dono dos olhos turquesa e, o seu preferido com certeza, sempre fora o primeiro beijo deles. E por este motivo, no mesmo monte, a extroversão em pessoa e a timidez em forma de ser, se viam imóveis assistindo ao pôr do sol.
Elouíse encostou-se em um dos ombros dele e a reteu nesta mesma posição por um longo tempo. — Isso é muito bonito. — referiu-se ao céu.
O sol se despedia do dia em tons de telha, pólen e rubi. A estrela se ia em meia hora, preenchida por uma aceitação coerente e cônscia de que no dia seguinte, surgiria e brilharia novamente. O dia, porém, via o sol ir com uma inquietude temerosa em seu peito. O dia entendia que involuntariamente, tudo era feito por ciclos; os de ir e vir. Contudo, mesmo desta forma, o dia sabia que a noite — a escuridão e a dor — consumiria o céu de um dia que já foi feliz.
— Sim, muito.
Elouíse desvencilhou os seus corpos e o olhou por um momento. A mesma tocou o seu rosto e propositalmente, Sebastian optou por não olhá-la. Isso era demais até mesmo para ele. Então ela percebeu isto e não se conteve ao envolver os braços em seu pescoço febril.
— Eu... Sinto muito.
Ele notou os últimos resquícios do sol no céu. Esta era a sua deixa, os seus últimos segundos, o seu “adeus”.
O dono dos olhos turquesa forçou um leve sorriso e correspondeu ao seu gesto. — Não se preocupe, nós ficaremos bem.
O peito repleto de desespero de Elouíse sossegou. Os dizeres ditos por Sebastian aqueceram o seu coração e todos os nervos de sua pele. Ela não queria ir e nem queria deixá-lo. E mesmo desta forma, o pior de tudo era notar a dor em seus olhos e sorriso vazio.
— Obrigado. — ela sorriu e sentiu os golpes do vento irem de encontro ao seu rosto.
— Não me agradeça, eu sempre vou cuidar de você. — ele levou os seus dedos aos fios ruivos dela e começou uma carícia na região.
Ela engoliu em seco ao ouvi-lo. A forma como mexia com ela, como a olhava e a tratava... Nada disso parecia real, agora que tudo desmoronava.
— Nós... Temos que ir. — ela moveu-se e observou o céu.
E então, o sol se foi. A estrela em tom de ouro deixou somente uma paisagem rosada e alaranjada de presente. Era o esperado, mas talvez não o suficiente. A noite tomou conta e a dor se veio junto com ela, refletindo sob corpos inocentes.
— Sim. — ele concordou e ergueu-se junto com ela.
O sol e o dia se foram juntos, como de costume. O problema era que o sol sempre se ia primeiro e, desta vez, não fora diferente.
Elouíse, a estrela quente, estendeu a mão ao dia cujo o nome era Sebastian, e o mesmo a segurou com firmeza como se de alguma forma, pudesse impedi-la de ir embora. Acontece que o sol fizera uma escolha e, como sempre, ele escolheu ir antes que o dia o pudesse pará-lo.
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The Interview; The Principle Of Our Love
RomanceE se uma entrevista desse início a uma bela história de amor? E se pequenos sons, pequenos dizeres e sentimentos, dessem início a um amor louco e urgente? E se uma pequena foto, uma pequena ordem e uma profissão destruíssem tudo o quê construíram j...