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No salão, Elouíse observou o mesmo centímetro por centímetro. Nunca estivera em um ambiente chique e luxuoso como àquele, e todos os presentes se viam recíprocos com a riqueza e a nobreza do pátio. Em contrapartida, Aurora fingia costume, o oposto de Elouíse.
— Essa pose vêm de onde? Dos dois reais á mais que você recebe no Noe depois de uma hora extra? — a ruiva zombou.
— Melhor isso, que essa sua expressão de bobona.
— Te conhecendo como eu conheço, há incontáveis surtos internos ocorrendo aí dentro...
— Ah, você me conhece tão bem! — Aury a segurou por seu antebraço em um pulo cheio de empolgação e Elouíse começou a rir.
— Onde está o Tom?
— O Chris me disse que ele comentou sobre ter um compromisso de última hora... É bem provável que chegue no meio desta festa. — formou-se um bico em seus lábios.
— Não chore, não vou secar o rosto de ninguém. — brincou.
Aurora revirou os olhos e soltou com um leve riso: — Se fosse o Sebastian...
— Nem vêm!
— Aliás, como está tudo entre vocês depois do... Beijo? — ela sussurrou o último dizer como se estivesse proferindo algo contra a lei.
Elouíse suspirou feliz. — Está muito diferente... Não sei, é como se eu estivesse á ponto de explodir com todos estes sentimentos bons dentro de mim.
Aurora sorriu orgulhosa e olhou á frente. — Falando no Diabo...
Recebera uma cotovelada na costela no mesmo instante.
— Ele está vindo, disfarça! — Elouíse pediu, uniu os seus dedos uns nos outros e levou os olhos ao teto.
— Têm certeza de que sou eu quem precisa?
O homem dos olhos turquesa se curvou brevemente com divertimento em um gesto solene e enfático, e observou a senhorita de vermelho. Elouíse notou os seus atos e chegou á conclusão de que era como se estivessem presos em uma romântica história de época do século quinze.
O mesmo se voltou á Aurora, dizendo:— Esta cor combinou muito bem com você, Aurora.
— Muito obrigado. — ela sorriu levemente. Pelo que se lembrou, este fora o único e direto diálogo dos mesmos. Desde que o conhecera, concentrou-se somente em Tom Hiddleston e não esforçou-se nenhum pouco em conhecê-lo melhor. Não fizera por querer ou por ignorância. Tudo o quê precisava saber, Elouíse a dizia. Além de tudo, sempre a respeitou muito e nunca daria motivos para os enxeridos pensarem coisas erradas.
Após breves segundos, Aurora despediu-se e seguiu á mesa de doces.
— E você está belíssima.
Elouíse sorriu levemente defronte ao elogio.
— Obrigado, você também não está ruim.
Ele riu.
O mesmo olhou ao redor e tentou conter-se em frente aos olhos invejosos e sedentos por uma notícia quente. — Está contente?
— Sim, estou muito feliz por eles... Eu os conheço há pouquíssimo tempo e é como se já fossem a minha família. — ela os observou á frente com certo orgulho.
— Eles estão contentes por você ter vindo.
— E eu por ter sido escolhida por eles.
— Quem seria o louco de conhecê-la e não escolhê-la?
Elouíse o olhou. Ao olhá-lo, era como se estivesse em sua residência — abarrotada de conforto e proteção. Os seus olhos turquesa pareciam um oceano prestes a desaguar em luxúria. E os dela, em tons de mel e ouro, imutáveis nos sentimentos perigosos que transmitiam os olhares dele. A atmosfera mexia com Elouíse; a cerimônia, a festa... Será que um dia viveria tudo isto? Será que um dia seria a noiva e, posteriormente, a esposa de alguém? Do Sebastian, ou de outro homem? Em sua mente surgia cruéis e inumeráveis questões, todas incertas e incontroláveis.
Ao perceber como se perdera, desviou-se dos seus encantos e logo pegou uma taça de álcool com o jovem que caminhou velozmente ao seu lado. Bebeu um longo gole e sentiu uma pequena vertigem atravessar as extremidades do seu crânio. Elouíse fechou os olhos com força e segurou-se na mesa atrás de si, percebendo segundos depois que Sebastian reparava em como a cor vermelha combinava com ela.— Nos vemos depois? Eu preciso impedir a Aurora de comer todos os doces...
Ele a entendeu. — Com certeza.
Após receber a sua concordância, seguiu até a Aurora.
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The Interview; The Principle Of Our Love
RomantizmE se uma entrevista desse início a uma bela história de amor? E se pequenos sons, pequenos dizeres e sentimentos, dessem início a um amor louco e urgente? E se uma pequena foto, uma pequena ordem e uma profissão destruíssem tudo o quê construíram j...