𝗣𝗮𝗿𝗮 𝗦𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲...

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Any Gabrielly point of view

Oi, sou a Any Gabrielly, mais gosto que me chamem de Ny ou Elly, quando falam o meu nome todo parece que estão brigando comigo.

A Elly não tem papais, eles me deixalam no orfanato quando eu ela neném, mais agola a Elly fez 18 aninhos e não pode mais molar no orfanato, a Elly não tem pla onde ir.

A Elly vai ter que molar na rua até acha um lugar pla molar. A Elly tem medo de fica sozinha na rua, tem pessoas malvadas, ninguém gosta da Ny, falam que eu sou uma abelação, só pu que a Ny gosta de chupeta e fala errado.

Lá no orfanato as meninas falavam que ninguém nunca ia queler a Ny, e ela veldade ninguém nunca quelia a Elly, semple escoliam as outlas meninas.

Agola a Ny tá sentada na flente de um Hospital, não sei como a Ny veio pala aqui.

Tem alguns homens me olhando, a Ny não gosta quando homens olham pla ela, palece que eles vão faze alguma coisa ruim pla Elly.

[...]

Os homens continuam olhando pla Ny, a Ny tá com medo, um homem começa a anda na minha dileção, ele me olha de um jeito estlanho.

– ei mocinha vamos ali comigo rapidinho – o moçu fala e tenta segula minha mão, mais a Ny não deixa.

– naum a Elly naum que ir – falo mais o moçu ignola e me puxa até um beco que tem aqui do lado do hospital.

O moçu tenta tila minha roupa, mais a Ny não deixa, a Ny tá com medo, a Ny qué chola, maix o moçu falo que se a Ny chola ele vai bate nela, a Ny não gosta de apanhar.

[...]

A Elly tá com o corpo inteilinho doendo, o moçu fez dodoi na Elly, a florzinha da Elly tá doendo, o moçu fez dodoi na florzinha da Ny.

Sabina Hidalgo point of view

Consegui passar a Isadora no médico, quase tive uma crise de pânico quando precisei passar no meio que um grupo de homens.

A minha sorte foi que não foi um médico que nos atendeu e sim uma médica, ficar em uma sala fechada com um homem, está fora de cogitação pra mim.

Estou passando por um beco que tem aqui do lado ao hospital, odeio becos, mais preciso passar por ele para poder chegar ao ponto de táxi.

Escuto um barulho de choro, tava vindo do lado de uma lixeira, decido chegar mais perto pra poder ver quem está ali.

É uma garota, ela aparenta ter 17 ou 18 anos, as roupas delas estavam rasgadas.

– ei, tá tudo bem? – pergunto e a garota se assustar e se encolhe.

– naum machuca a Elly por favor – ela fala com os olhos cheios de lágrimas

– não não vou te machucar, er... você está sozinha? Não era pra mocinha estar em casa? – pergunto lhe olhando nos olhos.

Eu não sei o que me deu, eu odeio falar com pessoas desconhecidas.

– A Elly naum tem casa – ela responde triste.

– Vem comigo pra minha casa, eu te ajudo com esses machucados e te dou uma roupa limpa. – Eu literalmente não sei o que está acontecendo comigo.

– voxê naum vai machuca a Ny igual aquele moçu fez né? – ela me olha receosa, acho que descobri o que aconteceu para ela está assim.

– não, claro que não, vem, vamos vou te levar até minha casa – falo e estendo minha mão livre, para ela.

Hello!