13

69 11 6
                                    

"Gostou?"

"Isso é bizarro, cara! Qual o seu problema?"

"Desculpa", respondeu ele tirando a máscara.

Levantei da cama incomodado e menti, dizendo que não queria mais transar - na verdade eu queria, mas estava com medo dele. Ele, percebendo meu desconforto, perguntou se eu queria inverter os papeis, fazendo as vezes de ativo, proposta que aceitei. 

Me deitei na cama, coloquei o preservativo e ele sentou em cima de mim. Era uma experiência nova, eu nunca tinha sido ativo e comecei a tomar gosto pela coisa, pois ele era quente e mexia os quadris deliciosamente. 

Mas essa alegria durou pouco.

"O que está acontecendo aqui!", perguntou uma voz feminina, depois de abrir a porta do quarto de supetão e acender as luzes.  

"Verônica?", perguntou Fabrício perplexo.

"Quem é esse!?", perguntou ela olhando em minha direção. 

"Não é o que parece, eu posso explicar!", respondeu ele desmontando de cima de mim.

"Ela é sua namorada?", perguntei constrangido.

"Noiva!", respondeu ela indignada, mostrando o anel que carregava no dedo e me fulminando com os olhos.

"Eu não sabia!", argumentei, mas ela evidentemente não acreditou, muito embora eu falasse a verdade. Ele havia ocultado de mim que era comprometido. 

"Seu desgraçado!", disse Verônica, a voz embargada de lágrimas. "Sua mãe disse que você ficaria sozinho durante esses dias em que ela está viajando, decidi fazer uma visita surpresa, e encontro você dando a bunda!"

"Calma, amor! Calma!", implorava Fabrício, enquanto ela desatava os nós dos tamancos.

GAUTIEROnde histórias criam vida. Descubra agora