"Por Cristo! Você quer me matar, Gautier!?", protestou ele, com a mão no peito e arquejando.
"Desculpa", falei apesar de não estar arrependido coisa nenhuma, o susto havia sido engraçado. O banho de suco de laranja, por outro lado, não estava em meus planos.
"Olha o que você fez, seu imbecil!", gritou Penélope, encharcada.
"Desculpa"
"Desculpa? Você sabe quanto custou essa roupa?"
"Não, mas sinto muito, quer ajuda para secar?"
"Não!"
"E você quer ajuda?, perguntei me dirigindo a Álvaro, que assentiu com a cabeça. Eu o levantei e sacudi a poeira de sua roupa, o que ele agradeceu. "Eu estava à procura desse moço, ele saiu sem me dizer nada, me deixou preocupado!", falei me dirigindo às pessoas da mesa - eu estava constrangido com a cena que havia causado, mas reparei que ninguém parecia irritado comigo.
"Vamos embora?", perguntei. Ele respondeu colocando o braço carinhosamente ao redor dos meus ombros.
"Vamos"
"Você precisa mesmo ir agora?", perguntou Penélope, se aproximando. Eu estava planejando levar você para conhecer o sobrado que meu pai tem nas colinas..."