Saí do hotel e decidi dar um passeio pela orla para ver se o encontrava, no que fui acompanhado por um dos funcionários do hotel, que se ofereceu espontaneamente para me mostrar o caminho.
"Não precisa se incomodar", adverti.
"Não é incômodo nenhum, senhor. Na verdade, eu também estava querendo sair e tomar um pouco de ar, é tedioso passar a noite inteira sentado atrás daquele balcão!", confessou.
"Compreendo", respondi rindo. "Qual seu nome?"
"Conrado"
"Não precisa me chamar de senhor, Conrado, pois não devo ser muito mais velho do que você. Qual sua idade?"
"Dezoito"
"Como eu disse! Me trate por você, certo?". Ele assentiu com a cabeça.
"Eu acho esse lugar um tanto misterioso", falei após um breve pausa.
"Como assim?"
"Existe algo perturbador em Batávia. Não sei dizer exatamente o que é, ainda não descobri, mas consigo sentir..."