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Estávamos deitados, ele me beijava o pescoço e entrava em mim intenso, selvagem, frenético.  Eu sentia meu sangue ferver embaixo da pele e buscava abrigo em sua boca, que era para mim, naquele momento, o lugar mais delicioso do mundo.

Embora eu ainda estivesse magoado, ele conseguira me seduzir sem muito esforço, bastando para isso algumas frases doces e um pedido de desculpas pouco sincero - ele estava certo quando disse que meu corpo pedia pelo dele, e era meu corpo, e não o bom senso, que me movia naquele momento.  

Em meio a tudo isso, eu percebia algo diferente em sua compleição física e me questionava se estava imaginando coisas: ele parecia maior, seus ombros estavam mais largos, seu peitoral mais robusto. E o mais estranho era que, à medida que os minutos passavam, era como se ele continuasse aumentando, se expandindo. 

Todas essas percepções se acumulavam em minha mente como peças de um quebra-cabeça e me deixavam sobressaltado. Eu não conseguia parar de pensar em como as coisas ao meu redor pareciam bizarras e fora do lugar.

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