Lua de Prazer

     Paula narrando:

  O casamento foi perfeito, mas confesso que não via a hora de acabar aquela cerimonia pra ter minha mulher em meus braços, o dia todo eu estava ansiosa por isso... Matheus ficou o tio Victor e eu e Carla fomos para nossa nova casa, que já estava toda preparada para nos receber.

   Paula: Até que enfim. -- falo fechando a porta da nossa casa depois de nos despedirmos do motorista que trouxe a gente.

   Eu seguro ela pela nuca e como se fosse a primeira vez eu a beijei, e posso dizer com a consciência tranquila que sempre que eu beijo ela é assim, como se fosse a primeira vez, conhecem a sensação de beijar uma pessoa pela primeira vez? Aquela frio na barriga e mesmo que você tenha beijado outro alguém no dia anterior você fica se perguntando "meu deus como é que beija mesmo?" "será que eu beijo bem?" e quando você sai dessa agonia, desse nervosismo de ter uma pessoa tão perto de ti de compartilhar saliva com outra pessoa, te tê-la tão perto e não saber o que fazer, você só consegue pensar "como não conheci essa pessoa antes?" e deseja nunca sair daquele beijo, daquele planeta particular, pq literalmente é uma viagem pra outro planeta, e é aí que você sabe exatamente o que fazer, onde colocar a mão, você entra em sintonia com a outra pessoa, simples assim. Mas é claro que isso só acontece com pessoas especiais, maioria dos beijos são traumáticos na verdade. A Carla é especial, minha Carla, eu poderia beija-la pra sempre, poderia tê-la junta a mim em um só corpo pra sempre. E agora ela está aqui, colidindo com o meu corpo, fazendo eu queimar de desejo por dentro e por fora.
  Eu e a Carla vamos fazer uma viagem de lua de mel para Grécia, claro que ela não sabe ainda, ela vivia me mostrando foto daquelas casas, sei lá, ousadas brancas de frente pro mar, eu confesso que é a coisa mais linda, mas como não dava pra sair do casamento e ir direto para a Grécia eu decidi passar nossa primeira noite na nossa nova casa, inaugurar da melhor maneira possível.

   Paula: — Afasto uma mecha do seu cabelo deixando sua orelha de fora e sussurro no pé do ouvido dela — Eu juro que eu amei esse vestido ainda mais em você destacando essa coxa maravilhosa, mas admito que prefiro você sem ele agora nesse momento. — deposito um beijo molhado em seu pescoço que faz ela soltar um gemido baixo e desabotôo um dos primeiros milhares de botões que aquele troço tinha, a vontade era de rasgar ele todo.
Carla: Eu sei, eu sei que você quer rasgar ele nesse momento, da pra ver nos seus olhos.

   Meu deus ela leu minha mente, como isso é possível??? Eu tô namoran... Casada (tenho que me acostumar) com uma mulher vidente?

   Carla: Mas é claro que eu não vou ser fácil, eu quero que você me conquiste, como se fosse a primeira vez, como se você não me conhecesse, quero que você me convença a transar com uma total desconhecida, louca de desejo, que faça eu sair do transe da minha vida seria de empresária, pra transar com você em cima da mesa do meu escritório. Assim como eu fiz com você, lá no início da nossa história. — ela se desprende de mim e vai direto a geladeira, com alguns dos botões do vestido desabotoados, é impossível não notar aquele pedaço de pele exposta por botes que eu desabotoei.

  Paula: E onde estamos? — falo com uma sobrancelha arqueada e apoiando meus cotovelos na bancada da cozinha, estava olhando a Carla em silêncio tirando um vinho chique da geladeira.
Carla: Em um bar, e eu tô tomando esse vinho aqui, sozinha, depois de um cansativo dia de trabalho. Já você... hmm não sei sei improvise.
Paula: Tá bom senhora. E quando a gente começa? - observo ela com um sorriso de canto, enquanto ela despeja o vinho em uma taça de cristal delicada.
Carla: Perdão, eu te conheço? "começa" o que?
Paula: A tomar um vinho juntas, te vi sozinha aqui e me chamou atenção.
Carla: Ah. Eu queria ficar sozinha mesmo, tive um dia exaustivo de trabalho e tô muito atarefada.
Paula: Ui, Carla, não dá uma abertura pra essa mulher gata de terno aqui?
Carla: Pra você ver o que eu passei com você no começo e com esse seu cu doce, agora cala a boca e segue o roteiro.
Paula: Tá querendo me deixar com medo ou com tesao? — ela me olha com uma olhar de ódio e eu respiro fundo. — Por isso eu acho que você merece um pouco de distração.