Lua de Prazer

Capítulo 16

             Carla narrando:

        Cheguei em casa um pouco cansada depois daquela noite maravilhosa que eu tive, tudo aconteceu tão rápido, mas foi tão bom, eu ainda não tinha caído na real que tinha acontecido, eu Carla estava namorando, namorando sabe? uma palavra que evitei não minha vida desde os 15 anos de idade. Mudada? Talvez. Confiante? Com certeza.
      Mas bastou uma segundos pra tudo isso da minha cabeça sumir.

Helena(mãe): Eu pensava que não ia voltar mais.
Paulo (pai): Não enche o saco dela Helena. Deixa ela se divertir um pouco.
        
       Helena: Se divertir? Pra que? Quando nós demos liberdade pra ela ela saiu por aí com esse carro beijando boca sendo sapatao, eu já falei aqui em casa que não admito isso, se se divertir pra ela é isso, não vai se divertir mais, você saiu da casa da Júlia pra algum lugar Carla?
    
         Carla: Não enche mãe, claro que não, já faz muito tempo e você continua com isso na cabeça né? Você me viu beijando aquela garota no shopping e não tira isso da cabeça nunca, minha vida acabou depois disso. Não posso fazer nada. Mas isso vai mudar.

  
          Eu estava em uma linha de pensamento totalmente diferente, minha mãe faz de tudo pra mudar isso, eu cheguei feliz em casa, mas só durou até abrir a porta pra ela encher minha cabeça com baboseiras.
Minha mãe não se importa comigo, com tudo que eu passo, ela não liga se isso afeta meu emocional, a só quer que eu seja a boneca que ela criou na mente dela. Ela ama a boneca que criou na cabeça dela, não me ama por ser eu de verdade.
     Eu só conseguia sentir raiva naquele momento e tristeza, por quê as coisa insistem em serem tão complicadas? Eu não entendo.

Victor: Peste? Tá tudo bem? *ele abre um pouco a porta e coloca a cabeça entre ela*
          Carla: Você sabe que não... Como que... como que você conseguiu? Passar por tudo isso sabe? é uma barra muito grande, isso fode com nosso psicológico, cara. Eu não aguento mais, to prestes a surtar dentro dessa casa. Faz 3 fuckings meses que procuro um emprego e não acho, eu só quero sair dessa merda, não vejo a hora de acabar a escola. Mas e aí? vai acontecer o que? eu não tenho nem onde cair morta, não tenho nem a porra de um emprego.

          Victor: Olha só, não fica assim, eu sei que é difícil, eu entendo muito essa dor, porque eu passei por isso, com os mesmos pais que os seus. Eu fui expulso de casa, eu não tinha nem onde cair morto também, sorte que tinha a praga do meu ex. Mas você vai sair dessa, ok? Naquela época eu só tinha meu ex infelizmente, mas você pode contar comigo, não vai demorar muito pra eu sair de casa, já to com uns ap em mente pra alugar. Você tem a mim e tem a Paula também. A menina que você gosta sabe, tenho certeza que ela não vai abrir mão de te ajudar.
   
        Carla: Ah... a Paula... *eu suspiro* Obrigada pelo apoio eu te amo muito.
     
        Victor: O que que tem a Paula?
      
       Carla: Ela me pediu em namoro, ontem. Mesmo que a minha vida seja um inferno por causa dos nossos pais. Foi tudo tão lindo, quando você me ligou, eu tava no motel com ela, nem dormi na júlia.

       Victor: FALA SÉRIO, você namorando? nunca imaginei isso, nem no fim do mundo, caraca essa paula deve um fogo na cama. Eu to tão feliz por ti, e quero conhecer logo essa mulher aí que te deixou desse jeito.
   
        Carla: Aí Victor, confesso que ela é um fogo na cama mesmo, mas não é só isso sabe, eu sempre fui muito sapeca, pegava todo mundo, etc. Mas com ela foi mais além do que o sexo, tudo bem que no começo minha intenção era só isso, mas eu me envolvi, sem querer, mas me envolvi, não é só o sexo é todo o jeito de ser dela. Eu prometo que você vai conhecer ela um dia.
Victor: Eu espero. Agora dorme um pouco ta? fica bem, te odeio. *ele da um beijo na minha testa*
Carlo: Te odeio também.

Antes de cair no sono eu abri o pingente de coração que meu irmão me deu e fiquei alguns minutos olhando e pensando o quanto ainda tenho que aguentar e ser forte. No final tudo vai dar certo.

..............

Faltava menos de 1 mês para que eu possa me declarar livre da escola finalmente, hoje foi um dia importante pra mim, eu tinha um entrevista de emprego, um emprego seria muito importante naquele momento, guardar dinheiro e poder sair de casa futuramente, tomara que que essa vaga seja minha!
- 1 mensagem não lida -
Paula: Boa tarde meu amor, a gente pode se ver mais tarde?
Carla: Boa tarde vida, eu vou ver, lembra da entrevista que me responderam 3 dias atrás? vou hoje lá na empresa, me deseja sorte, beijo, te amo!❤️

- Eu não sabia mais como enrolar os meus pais, já estava de saco cheio disso. Fui na bendita entrevista e parece que nunca fiquei tão nervosa na minha vida, mas tudo deu certo! Eles falaram que eu poderia começar amanhã como um teste primeiro. Eu estava confiante e feliz, antes de chegar na entrevista eu falei com o Victor e combinamos de falar para os nossos pais que eu iria sair com ele, e assim ir me encontrar com a Paula, seria rápido, ele ficaria no carro do lado de fora, qual é, já ajudei ele tantas vezes com o ex dele na época que ele morava de verdade lá em casa. Eu entrei na casa da Paula, já tinha a chave mesmo.

Carla: Quando a gente casar e tiver um time de futebol é assim que eu vou te ver todo dia? *olho ela concentrada tentando cortar uma cabeça de alho para temperar a comida, toda concentração era pouca perto daquela que tava enquadrada no rosto dela*
Paula: Que susto, Carla. Eu não tenho mais privacidade né? tudo bem já to acostumada
Carla: Para de reclamar que eu sei que tu gosta disso, insuportável. * eu deixo minha bola em cima do balcão e dou um beijo nela*
Carla: Eu acho que você tá precisando de um banho, eu senti o cheiro de tempero antes de abrir a porta, até os temperos não tem tanto cheiro de tempero quanto você.
Paula: Para de ser chata.

Alguém toca a campainha. Hm.

Paula: Ué? Você veio com alguém?
Carla: Sim com meu ir... puta merda como não pensei que isso poderia acontecer, o victor é cara de pau ao ponto de fazer isso!
Paula: Que ótimo, eu adoraria conhecer meu cunhado.

Ela vai até a porta e abre, e não é que era ele mesmo?

Victor: Oi cunhada, desculpa o intrometimento, mas eu tava tão curioso pra saber quem era essa tal de Paula que a Carla não para de falar 1 segundo.
Carla: Não fala assim, se não ela vai ficar se achando até o ano que vem, nem falo tanto assim
Paula: O prazer é todo meu cunhado, também ouvi falar muito de você.
Carla: Outro que vai ficar se achando até ano que vem.
Victor: Com licença que agora a conversa aqui é entre eu e a Paula, obrigada! Então Paula, quais as suas intenções com minha irmã? .... brincadeira boba, eu sei que você não machucaria a minha irmã, ela fala muito bem de você é eu confio nela. Espero confiar em você também.
Paula: Pode confiar, minha intenção nunca vai ser machucá-la. Confesso que não esperava sua visita hoje, mas eu to preparando uma janta.
Victor: Percebi pelo cheiro
Carla: Eu disse que você precisava de um banho.
Paula: Orra que chata né? eu vou já, tenho só quer colocar a lasanha no forno.

Ela foi até a cozinha terminar de preparar as coisas.

Carla: Vem cá, qual a parte do fica no carro você não entendeu?
Victor: Aí carlinha... até parece que você não conhece seu irmão, é claro que eu achei isso uma ótima oportunidade de conhecer a Paula, aliás eu já gostei dela viu. Bonitona, toda responsável, durona, tomara que ela dê um jeito na sua cabeça oca.
Carla: Não enche.
Paula: Terminei. Eu vou tomar um banho e já volto.
Carla: Espera aí, vou com você. Quer dizer, ã, eu vou... hmm... pegar aquela sua blusa emprestada que eu pedi ontem, gosto muito dela.
Victor: Ta bom, carla. Eu não tenho 7 anos, eu sei bem o que você quer fazer lá em cima.

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