Capítulo 36

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O delegado finalmente deixou eu participar da investigação, e eu ia dar minha vida nesse caso. Só de pensar na Carla passando mais uma noite naquele lugar desprezível me da nos nervos. Estou abalada com tudo isso. Só quero que isso acabe logo! Meus planos foram todos adiados, os planos que eu tinha para nós duas, a surpresa que eu ia fazer pra ela no outro dia daquele passeio na cachoeira, tudo foi adiado

Carla narrando:

Acordei com uma dor no pescoço, torcicolo, sério? Obrigada caminha confortável de cadeia.

Eu nunca que me imaginei em uma situação dessas, eu estava com medo mas me mantia forte por fora, se não a Paula ia surtar também, duas surtando não da certo, mas não da mesmo.

Os dois dias que passei na prisão foram como anos, serio! as horas demoravam muito a passar, só melhorou um pouco quando a Paula trouxe um livro meu pra passar o tempo. Mas mesmo assim as horas passavam MUITO devagar. Tinha duas companheira de cela, mas nos não conversávamos muito. Uma teve a cara de pau de falar na minha cara que a Paula é um tesão que tinha achado ela super gata, me segurei pra não voar no pescoço dela quando a Paula vinha me visitar e ela ficava com aqueles olhos fixos nela.

Eu não estava familiarizada com aquele ambiente, será por quanto tempo ainda vou ter que ficar aqui?

Eu sentia a angustia da Paula de me tirar dali, as olheiras dela, certeza que ela não conseguiu dormir nada, eu dei uns cochilos e ainda acordei com torcicolo.

Paula narrando:

Juntamos três viaturas e eu fui dirigindo uma, eu não estava nervosa nem nada, quer dizer... eu estava muito nervosa, mas não deixei isso transparecer, tentei ser menos emocional possível. Estacionei a viatura na porta da casa da Giulia e tomei folego pra descer do carro e tocar a campainha, eu mesma. Ela abre a porta e me olha com uma cara surpresa.

Giulia: P-paula?

Paula: Temos um mandado de busca em sua casa, preciso que todos da casa saiam imediatamente.

Vi o irmão de Giulia largado no sofá como sempre, não fazia nada, ele fuzilou os policiais com os olhos. Ela me pega pelo braço e sussurra de canto.

Giulia: Quantas vezes eu já te pedi pra não envolver policia aqui por causa do meu irmão?

Paula: Isso é pra você aprender a não mexer mais comigo.

Soltei a mão dela do meu braço e coloquei os dois pra fora na vigilância de dois policiais. Começamos a vasculhar tudo, o primeiro lugar que eu fui foi o quarto dela, obvio. Por mais que a Giulia passasse mais tempo na minha casa, eu conhecia aquela casa de ponta a cabeça. Procuramos em todos os quartos e nada, ninguém achou nada. Ate que eu lembrei que sempre que a Giulia chegava cansada em casa ela jogava tudo no cesto de roupas sujas, por isso o mesmo era uma bagunça. Vasculhei tudo, era uma montanha sem mentira nenhuma, ate que BINGO, eu sabia, sempre soube, a bolsa da Carla, como a Giulia foi burra, ate eu cometeria um crime melhor que isso. Isso é bom ou ruim? Enfim, guardei a prova no saco e fui de encontro aos policiais.

Eduardo: Achamos uma coisa também.

Eles mostraram, cocaína, cocaína pura. Eu não podia estar mais chocada! O irmão da Giulia... Meu deus.

Eduardo: E também porte ilegal de armas.

Paula: Meu deus, Eduardo... eu... eu achei a bolsa da Carla.

Eduardo: Entao pegamos dois criminoso, porque tenho certeza que isso aqui... -- ele olha pro saquinho de cocaína -- não é da Giulia.

Paula: Já desconfiava disso.

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