Capítulo 35

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Carla: Desculpa, eu o que? — pisco, incrédulas
Paula: O que tá acontecendo? Eduardo?
Eduardo: Paula! Nós achamos a responsável pelo incêndio, encontramos a prova do crime com as digitais dessa mulher. Senhora por favor, vire-se de costas.
Paula: Isso é um engano, Eduardo, eu garanto.
Eduardo: Tudo que for pra dizer será esclarecido na delegacia, agora por favor Carla, colabore.
Carla: Meu Deus, o que tá acontecendo?

    Enquanto Paula tenta impedir do amigo dela me levar presa eu me rendo de uma vez eu saio dali dentro de uma viatura, com Paula vindo no carro atrás, eu acho que nunca fui tão humilhada assim na minha vida.

Na delegacia:
Paula: Delegado, isso só pode ser um engano, a Carla estava comigo.
Investigador: Paula, encontramos o isqueiro com as digitais da Carla, eu sinto muito mesmo. Se isso for um engano, garanto que vai ser tudo resolvido, mas as digitais só apontam pra isso. Carla, esse isqueiro é seu? — ele coloca o saquinho com um isqueiro cinza dentro, na mesa.
Carla: Meu deus...
Investigador: Responda a pergunta.
Carla: Sim, é o meu isqueiro, mas eu não entendo...
Investigador: Paula, pode deixar a sala? preciso interrogar.
Paula: Nem pensar!
Carla: Paula, por favor não dificulte as coisas, depois a gente se vê, agora sai da sala. Vai logo.
Paula: Tá, mas eu vou te esperar, aqui fora.

Talvez a gente nem se veja lá fora...

Investigador: Onde você estava ontem as 23:41?
Carla: Na festa no do meu irmão, conversando com a Paula.
Investigador: Em algum momento você saiu ali do local da festa? Seu irmão pode confirmar?
Carla: Nenhum momento.
Investigador: Por que você tem um isqueiro?
Carla: Eu fumo.
Investigador: E qual foi a última vez que usou ele?
Carla: Ali no prédio do meu irmão, acendi um cigarro e depois entrei em casa e meu deus, eu deixei minha bolsa lá, eu perdi minha bolsa, meus cigarros e principalmente meu isqueiro!
Investigador: Obrigada Carla, vamos ver o que fazemos com suas respostas, vou te levar até a sua cela.

Enquanto saímos da sala a Paula se levantou imediatamente.

Paula: Iai? Podemos ir embora? Foi tudo resolvido né?
Investigador: Iremos analizar ainda, por enquanto ela ficará aqui.
Paula: Isso não é justo!
Carla: Paula, por favor não faz isso isso ser mais constrangedor do que já tá sendo.
Paula: Ok, eu vou buscar uma roupa mais confortável e comida.
Carla: tá.

Paula narrando:

Foi um choque e eu não queria aceitar, eu trabalho com isso, eu sei o quanto é desconfortável e ruim passar a noite em uma cela, ou mais de uma noite, e saber que a Carla estava passando por isso, com eu tendo certeza que ela não tinha feito isso. Porra é inaceitável, revoltante. E a minha cabeça não parava de pensar na Giulia. Mas eu não podia me alterar, não podia ir na casa dela e surtar, ela pode ter deixado um rastro, nem que seja unzinho, se eu ameaçar ela ela vai destruir qualquer prova contra ela.
Fui até a Casa do Victor pegar uma roupa mais confortável, preparei uma marmita e avisei o Victor.

Victor: Como assim a Carla vai passar a noite na cadeia Paula? Você é policial, não pode fazer nada?
Paula: Se eu pudesse eu já teria feito Victor! Mas não posso.
Victor: Se aquela menina tiver alguma coisa haver com isso eu mato ela Paula, ah eu mato! Eu nunca fui com a cara dela.
Paula: Calma, tá bom? Eu vou resolver isso, não adianta a gente tirar conclusões precipitadas, juro que se fosse por mim eu já teria ido lá e esganado ela, mas não tenho um mandado de busca.Só ia fazer ela eliminar qualquer prova possível.
Victor: Voce tem razão, pois trate de conseguir esse mandato!

      Peguei as coisas e voltei pra delegacia, consegui entrar onde a Carla estava, entreguei as roupas e a comida.

Paula: Carla, não fica preocupada, você vai sair daqui, eu vou trabalhar pra isso.
Carla: Tudo bem... eu só não entendo... meu isqueiro, com as minhas digitais...
Paula: Eu já tenho algumas ideias de como resolver isso, agora eu tenho que ir conversar com os investigadores.
Carla: Tudo bem. Não demora...
Paula: Não vou.

Sai à procura dos investigadores mas eles não iam poder me atender naquele momento, que merda. Voltei para a cela da Carla para avisar que ia passar a noite ali, mas não ia poder ficar perto dela.

Carla: Nem pensar!
Paula: Eu vou e pronto.
Carla: Você tem que descansar.
Paula: Acredite, quanto mais longe eu estiver de você, menos eu vou conseguir descansar.

Ela bufa convencida de que eu não ia arredar o pé dali, ah mas não ia mesmo! Em seguida fui para a sala de espera. Quando isso tudo passar, vou exigir cadeiras mais confortáveis, porque pqp.
Consigo dar uns cochilos, mas cada vez eu acordava o torcicolo ficava pior, eu ia amanhecer moída.

Quando chegou a manhã e os investigadores chegaram, corri pra falar com eles, disse tudo que tinha acontecido naquela noite, inclusive da ameaça da Giulia "você vai me pagar", da briga, tudo!

Investigador: Paula, tem a possibilidade dessa tal de Giulia ter feito isso e incriminado a Carla de propósito. Você disse que ela perdeu a bolsa com o isqueiro, certo?
Paula: Sim
Investigador: Então tendo esta possibilidade, podemos liberar a Carla, pois temos mais de uma suspeita. Mas temos que cuidar disso primeiro, interrogando essa Giulia.
Paula: Graças a Deus! Não tem mesmo como liberar ela agora?
Investigadores: Só quando eu interrogar a Giulia.

E assim aconteceu, consegui o mandado de busca na casa da Giulia. Insisti para o delegado deixar eu comandar o caso mesmo ele preferindo que funcionários não interferirem ou participassem de casos pessoais. Queria fazer questão de olhar nos olhos da Giulia. Ela não ia estragar a vida da Carla dessa maneira de jeito nenhum, eu não iria permitir. Logo agora que a Carla esta bem, com um emprego ótimo e que finalmente a gente se resolveu.

* postando esse capitulo curto pra dizer que não esqueci de vocês, só to na correria, me desculpem por não ter postado sábado.

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