Capítulo 48

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Chegando no trabalho, estacionei o carro no estacionamento da empresa que estava vazio já que eu era uma das primeiras sempre a chegar ali. Desci do carro mas a minha visão logo ficou absolutamente escura e eu senti alguém segurando meus braços e pressionando um pano sobre a minha boca, eu tentei lutar seja com quem for aquela pessoa, mas aos poucos ia perdendo a força até que minha visão estava escura não só por alguém estar tampando ela, mas por estar fraca o suficiente para desmaiar.

    Paula narrando:

   Minha vida tava perfeitamente indo bem e entrando no rumo, eu e a Carla tínhamos adotado o Matheus, não tínhamos planos nenhum de adoção ainda, tudo aconteceu tão rápido e a gente foi se apegando tanto que quando eu vi já era mãe. Faltava poucos dias para o casamento e tudo tava indo bem.

Me arrumei para mais um dia de trabalho e a Carla veio me dar um tchau antes de eu ir, e ela tava tão linda a pele dela tava tão brilhosa quanto o sol daquela manhã, ela tava extremamente sexy com aquele cabelo bagunçado e aquela camisa velha minha. Maldita promessa de transar depois do casamento, por quê infernos eu fiz isso mesmo??? Eu só queria tocar nela e...
Quando eu percebi ela já estava no balcão da cozinha com as pernas entrelaçadas na minha cintura eu tava descontroladamente beijando sua nuca e descendo minhas mãos para o seu shorts pijama quando de repente...

   Victor: Opa, desculpa atrapalhar vocês a gente já vai sair de novo, esquecemos a... chave. — meu irmão pega a chave na mesa da cozinha.

   Peguei um susto e larguei a Carla rapidamente. Ela desceu do balcão e foi na direção do quarto mas antes de entrar ela tem que provocar...

Carla: Parece que alguém quase quebrou o voto de castidade  — ela solta uma risada.

Paula: Mulher louca, aí Carla quando a gente se mudar... — falo baixo mas ela parece não ter escutado.

Saio do apartamento do Victor e desço o elevador, entro no carro e vou em direção ao meu trabalho. Chegando lá eu estaciono o carro em frente à delegacia e entro.

Paula: Bom dia, bom dia, como estão as coisas?
Eduardo: PAULA! Até que enfim. — ela vem em minha direção com uma expressão muito séria.
Paula: Calma, o que aconteceu? — coloco a mão no ombro do meu amigo.
Eduardo: A Giulia, aquela menina louca, ela fugiu Paula, na madrugada, uns amigos do irmão dela sei lá de onde planejaram a fuga dos dois, eu te liguei feito um louco mas você nunca atende esse telefone, sua noiva pode estar em perigo, Paula.

   Na mesma hora eu gelei, senti meu rosto esquentar e minha boca ficar seca, eu não queria acreditar que a Giulia, uma menina que já me relacionei fosse tão suja assim ao ponto de fazer algo contra Carla assim que saísse da cadeia. Bem... ela botou fogo na minha casa né, então...
   Eu fiquei sem reação na hora e sentei na primeira cadeira que vi na frente, Eduardo foi buscar um copo de água pra mim, eu tomei fôlego até conseguir abrir a boca.

   Paula: Eu tenho que avisar a Carla. Eduardo e se... e se essa mulher for atrás da Carla, eu tenho que falar com a Carla. — eu peguei meu celular do bolso e começei a ligar desesperadamente pra ela.

Nada de resposta, liguei várias vezes, mandei várias mensagens e nada, mas que merda! Que grande merda, puta que pariu. Onde que eu tava com a cabeça quando me relacionei com essa menina?!?! Calma, Paula. Calma. Não aconteceu nada, ela deve estar a caminho do trabalho. Tentei ligar mais algumas vezes uns minutos depois e nada.

Eduardo: Paula, calma, se acalma, nervosa você não vai conseguir resolver nada.
Paula: Calma? CALMA? é porquê não é sua mulher em perigo correndo risco de sei lá o que do que aquela mulher é capaz.
Eduardo: Eu não tenho mulher.
Paula: Desculpa Eduardo, é que tava indo tudo tão bem, e se...
Eduardo: Eu sei Paula, eu te entendo, mas não sabemos o que aconteceu ok? A Carla pode estar ocupada no trabalho, não vamos pensar no pior. — ele coloca a mão no meu ombro e olho no meu rosto, apertando levemente meu ombro como sinal de apoio.
Paula: Mas eu não posso ficar parada aqui sem fazer nada, alguma coisa ruim pode acontecer, eu não posso ficar de braços cruzados aqui. Eu preciso ir no trabalho dela ver se ela tá lá.
Eduardo: Eu dirijo.

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