32. Meu amor imenso por Emma Swan.

771 89 6
                                    


(Algum tempo antes)

Pov Margaret

— Se eu estivesse indo conhecer seus pais, talvez não ficasse tão nervosa quanto estou agora. — Connie comentou, chamando minha atenção.

Eu olhava ao redor, admirando as planícies verdes dos arredores de Boston, tentando impedir que o vento levasse a echarpe que protegia meu cabelo.

— Meu pai era um alemão austero e um católico fervoroso, meu amor...Duvido que isso lhe botasse menos medo do que os meus filhos. — Repliquei convicta.

Ela permaneceu em silêncio por um breve momento, parecendo avaliar o que eu dissera.

— É, acho que você tem razão... — Concordou com um meio sorriso.

O sol de fim de tarde iluminava seu rosto bonito. Os dedos tamborilando na direção indicavam que ainda estava nervosa. Nitidamente procurava uma forma de falar sobre o que realmente a incomodava.

— Mas acho que não era exatamente isso que você queria dizer.

Constance olhou surpresa para mim, sentada ao seu lado no carro. Certamente não esperava que em tão pouco tempo já pudesse conhecê-la tão bem.

— Quando você me convidou para acompanhá-la ao casamento e pediu para me apresentar como sua namorada, a emoção não me permitiu pensar no quanto isso poderia ser delicado... — Fez uma pausa parecendo procurar as palavras para continuar. — Depois, analisando a situação com mais calma, me ocorreu que essa revelação, lançada de forma repentina, pode acabar trazendo algum mal-estar justamente em um dia tão especial para sua filha e a noiva dela... — Prosseguiu com a voz ficando mais baixa. — Enfim, o que estou querendo dizer é que talvez devêssemos esperar por outro momento mais oportuno... — Sugeriu sem firmeza.

Retirei os óculos de sol para fitá-la melhor. Não queria voltar atrás naquela decisão. Não seria justo comigo mesma continuar me escondendo e mentindo. Poderia ser até uma atitude egoísta, porém não acredito que Emma e Regina me julgariam por isso.

— Longe de mim posar de vítima. — Levantei as mãos afastando a ideia. — Mas passei dois terços da minha vida, pelo menos, pensando mais nos outros do que em mim e dando muitas satisfações. Então peça-me tudo, Connie, menos que eu continue sendo essa pessoa.

Girei o rosto para observá-la, embora ela permanecesse com o olhar fixo na estrada e as mãos firmes no volante.

— A essa altura, não é segredo para ninguém que "CL" me cortejou durante meses, enviando flores e bilhetes quase que diariamente. Meus filhos e, provavelmente, todos naquele rancho, acreditam que essa pessoa é meu namorado, por motivos bem razoáveis, inclusive. — Explicava o meu ponto de vista com calma, embora, no fundo, estivesse decepcionada diante da proposta de esperarmos mais tempo para abrir o jogo.

Eu entendia a preocupação dela em não ser uma convidada indesejada, mas foi impossível não ficar um pouco magoada com a sugestão.

— Justamente por isso — continuei — será bastante estranho que eu apresente Constance Langdon como minha amiga. Porém, se você mudou mesmo de ideia, não me resta alternativa a não ser aceitar. — Admiti mesmo não estando nada feliz com a mudança de planos.

Sem que esperasse, Constance parou o carro, estacionando junto ao acostamento.

— Eu não desisti, meu amor. — Pegou minhas mãos, me olhando profundamente. — Só queria que tivesse total certeza de que deseja mesmo que seja assim... Porque toda a sua família vai estar lá... Só que você tem toda a razão, Maggie. Quarenta e cinco anos já foi tempo mais do que suficiente. — Um sorriso largo nasceu em seus lábios.

The Lady In My Life [SwanQueen]Onde histórias criam vida. Descubra agora