Pov Regina
Passou uma semana desde que David e eu visitamos a mansão de sua mãe juntos pela primeira vez e cá estamos novamente. Não vejo a hora de reencontrar Emma. Nos últimos dias trocamos mensagens com frequência e descobrimos novas coisas em comum. Combinamos, inclusive, fazer um passeio por pontos turísticos de Boston que ambas gostamos.
À priori, David não reagiu muito bem ao saber que na semana anterior conversei com ela quase todos os dias. No momento que falei do passeio que faremos juntas, ele quase infartou, dando chilique. Mas, relembrei da ameaça que fiz no último final de semana e, mesmo contrariado, resolveu ser mais razoável. Durante a nossa saída, ele pretende ir com o pai a um jogo do Celtics.
Como da vez anterior, fomos recebidos por Margaret, que nos saúda com cortesia, embora friamente. Ela está mais uma vez elegantíssima em seus trajes impecáveis.
Logo após as saudações corteses, não me contenho e pergunto por Emma, mas tento não demonstrar muito a minha ansiedade. No entanto, noto que tanto Margaret quanto meu namorado ficam incomodados com a súbita pergunta. Presumo que por motivos diferentes: ele por ciúmes e ela por ter chamado "seu Eric" de Emma.
A sra. Braun pigarreia um pouco, claramente para disfarçar o desconforto e, recobrando a pose altiva, responde secamente: — Eric está no estúdio trabalhando.
Como a resposta dela soou meio ríspida, fico calada e apenas desejo intimamente que Emma apareça logo na sala. Enquanto isso, observo-os conversando e, vez ou outra, sorrio parecendo interessada no que falam, mesmo meu pensamento não estando neles.
Dali a pouco, Jefferson e Tina chegam unindo-se ao grupo. Como são duas pessoas mais simpáticas e agradáveis, resolvo me distrair passando a interagir com o casal, ao mesmo tempo em que David segue conversando com a mãe, falando sobre seu desejo de, no futuro, abrir uma clínica em Boston.
Apesar de agora estar mais envolvida com o papo deles, de vez em quando, olho disfarçadamente para a porta da sala onde estamos, querendo que ela se abra e uma loira alta e bonita nos presenteie com sua encantadora presença.
Ao lançar um desses olhares esperançosos para a porta, vejo-a abrir e imagino que meu desejo será realizado. Mas, na realidade, quem aparece é o mordomo, Sr. Glass, que se dirige, um pouco nervoso, à dona da casa.
— Senhora, "E" se machucou e está sangrando um pouco. Pediu-me para não avisá-la, só que fiquei preocupado e achei melhor fazê-lo — explica, com a postura formal típica da função que ocupa, e deduzo que "E" só pode ser Emma, embora não saiba por que ele a chama assim.
Após sua fala, a expressão de Margaret muda radicalmente, adquirindo um ar apavorado.
— Peço tanto para Eric não manusear objetos cortantes... Ele tem um tipo raro de sangue — diz, como se estivesse explicando o motivo de sua angústia — Ainda bem que David está aqui para doar, se for necessário — acrescenta, um pouco mais relaxada, olhando para meu namorado.
Apesar de ficar apreensiva também, imagino que o caso não seja para doação de sangue. E seu exagero me faz lembrar o que Emma falou sobre ela perder a compostura e a linha quando o assunto são os filhos. Imagino que os outros também pensem assim, mas talvez contagiados pela aflição de Margaret, todos seguem em caravana para o quarto em busca da "acidentada", já que Sidney nos informou que a encontraríamos lá.
A matriarca da família abre a porta do dormitório sem bater, entrando no espaço feito um furacão e nós espelhamos sua ação, embora mais comedidos.
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The Lady In My Life [SwanQueen]
Romance[CONCLUÍDA] Regina Mills namora o jovem médico David há cerca de três meses. No dia em que ele a leva para conhecer sua família, ela é apresentada a Emma Swan, irmã do namorado, uma mulher corajosa e incomum, por quem passará a nutrir intensos senti...