Pov Emma
Depois da virada de ano perfeita que passamos ontem, voltamos para o apartamento de Regina e coroamos a noite fazendo amor até que os primeiros raios de sol surgissem no céu de Nova Iorque.
Mas, como não tenho o hábito de dormir até tarde, às nove horas já estou de pé. Após fazer uma rápida higiene pessoal, vou à cozinha preparar o café da manhã da minha namorada, que permanece dormindo abraçada a um dos travesseiros.
Prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo, ponho mãos à obra, começando com uns sanduíches leves. Lavo também algumas folhas de couve, jogando-as dentro do liquidificador, misturando laranja e linhaça. Pego uma melancia enorme que encontrei na geladeira e passo a cortá-la. Porém, sou interrompida pelo som da campainha tocando ruidosamente.
Caminho até a sala, imaginando quem será a esta hora, em um dia de feriado. Observo através do olho mágico e, imediatamente, reconheço Zelena acompanhada por um homem meio careca, com alguns poucos fios grisalhos, aparentando uns 65 anos. Apesar de nunca tê-lo visto antes, não demoro muito para presumir ser o pai de Regina.
Abro a porta, ainda surpresa com a visita mais do que inesperada.
Zelena me cumprimenta alegremente, abraçando-me e beijando minha bochecha provavelmente corada: - Feliz ano novo, Emma!
Ainda da porta faz as apresentações:
- Este é meu pai, Marco Mills. Pai, esta é Emma Swan.
Cumprimento o homem que permanecera até então parado, encarando-me. Trocamos um aperto de mão e ele sorri para mim. Parece simpático, mas isso não é suficiente para diminuir o meu desconforto com a situação.
Convido-os a entrar e, aí sim, passo a me sentir mais estranha, tendo que fazer as vezes de dona de um apartamento no qual também sou visita.
Vamos para a sala, onde Marco senta no sofá aparentando estar bem à vontade com tudo.
Zelena, de pé, fala:
- Desculpa, Emma, mas eu estou morrendo de fome, porque papai não me deixou comer antes de sair. Ele estava muito ansioso para vir conversar com você e Regina. Então, vou ver o que tem de interessante na cozinha. - Esfrega as mãos, desaparecendo da sala sem me dar tempo de responder nada.
Fico sozinha, pela primeira vez, com o pai de Regina. Enfio as mãos nos bolsos da calça e o olho de soslaio. Tenho a impressão que estou transpirando nervosismo por todos os poros.
"O que será que ele quer falar conosco tão urgentemente?" - Penso, enquanto sorrio para Marco de forma não muito natural, tentando antever em sua expressão o que o traz aqui, mas falho totalmente, porque apesar de ter parecido simpático, agora está impassível.
- Com licença, vou chamar Regina. - Digo, imaginando que ele aguarda a presença da filha para começar a falar.
- Obrigado. - Agradece, antes que eu deixe a sala em busca dela.
Entro no quarto, como as cortinas da sacada estão fechadas, acendo o abajur e me debruço sobre a cama, onde ela ainda dorme, com os cabelos esparramados em um dos travesseiros. Está tão serena, que dá até pena ter que despertá-la, o que faço da forma mais carinhosa possível.
- Acorde, amor. Seu pai e sua irmã estão aqui. - Falo, acariciando o seu rosto.
Apesar do meu cuidado, abre os olhos assustada. Passando a mão pelos cabelos e senta-se na cama, imediatamente. Noto que ela também ficou um pouco apreensiva.
- O que vieram fazer?
- Zelena veio comer. - Brinco, para diminuir a tensão. - Quanto ao seu pai, ele quer falar conosco, só que não disse sobre o quê.
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The Lady In My Life [SwanQueen]
Romance[CONCLUÍDA] Regina Mills namora o jovem médico David há cerca de três meses. No dia em que ele a leva para conhecer sua família, ela é apresentada a Emma Swan, irmã do namorado, uma mulher corajosa e incomum, por quem passará a nutrir intensos senti...