The Lady In My Life [SwanQueen]

24. Há outro bebê a caminho, Emma Swan.

Pov Regina

— Meu reino por seus pensamentos! — Percebo que Emma está bastante absorvida olhando fixamente o teto.

Pouco depois dos últimos convidados deixarem a casa, subimos ao quarto dela e nos deitamos abraçadinhas embaixo das cobertas. Permanecemos assim, apenas sentindo o contato das nossas peles nuas, trocando carícias e olhares apaixonados. Mas, então, ela pareceu ficar dispersa, fitando o vazio.

Ao ouvir minha voz, sorri, virando-se. Com o movimento, uma mecha do cabelo dourado cai sobre seus olhos e eu a ajeito, colocando-a atrás de sua orelha.

— Pensava no nosso bebê. Mais especificamente em como a chegada dele mudará nossas vidas.

Parecendo mais preocupada continua:

— E nas possíveis dificuldades que teremos de enfrentar. — Suspira. — Por exemplo, já pensou em como a sua mãe vai reagir? Ou mesmo Margaret que, apesar de ter mudado nos últimos tempos, pode não estar preparada para uma notícia como essa? — Confessa seus medos.

Chego mais perto e, debruçando-me sobre seu corpo, encosto minha testa na dela. É natural que ela tenha receio. Emma é o tipo da pessoa que pensa em todas as implicações de uma situação. E com algo tão importante, não poderia ser diferente. Porém, preciso deixar claro que, de minha parte, estou muito segura.

— Acho que não há possibilidade da reação de Cora ser boa, mas não vou levar isso em consideração, porque já faz muito tempo que decidi romper com as amarras que me prendiam a ela. — Paro para fazer-lhe um carinho, depois continuo: — Nossos conflitos começaram muito cedo, quando fui morar numa república em Yale... — Emma me interrompe.

— Não sabia que você tinha morado em uma república — diz, deslizando a mão por baixo do lençol que nos cobre. — Aposto que você deve ter aprontado muito lá, bebendo e indo a festas loucas — brinca, passando a mão em minha bunda.

Me divirto com a suposição dela de que tive um passado de farras. Nada mais distante da realidade.

— Fui uma estudante bem tranquila, meu amor. Realmente frequentei algumas festas, mas me definiria muito mais como uma aluna disciplinada e séria — esclareço sorrindo. — E, embora você aparente ficar muito animada quando pensa que tive um hipotético passado de farras, prefiro deixar sua fértil imaginação agir sozinha. — Agarro-a pelos pulsos, prendendo-os sobre o travesseiro. 

Recebo como resposta um suspiro frustrado por ter interrompido sua travessura quando começava a demonstrar sinais visíveis de excitação.

— Voltando ao assunto... — recomeço, vendo sua cara resignada. — Quando concluí o curso e comecei a trabalhar na área, não demorou muito para que conseguisse comprar o meu apartamento. Não ganhava tão bem naquela época, mas meu pai me ajudou um pouco. Uma vez longe de mamãe, não queria tornar a morar sob o mesmo teto que ela novamente.

— É compreensível. — Emma toma a palavra. — Eu também queria isso logo depois de sair da faculdade.

— Nessa fase, independência é uma coisa muito importante — continuo — Por isso, estava bem orgulhosa com o meu feito. Então, convidei Cora para conhecer meu futuro lar, tendo a doce ilusão de que se sentiria feliz também por ver sua filha evoluindo. No entanto, ela se limitou a olhar com desdém para tudo e perguntar por quanto tempo eu aguentaria morar naquele cubículo. — Sinto a pontada de tristeza que a lembrança mais uma vez me traz.

Percebendo minha mudança de humor, Emma, soltando-se do aperto em seus pulsos, me abraça carinhosamente, provocando em mim a mesma sensação de proteção e amor que experimento cada vez que ela me envolve em seus braços, enquanto deito a cabeça em seu peito.