11. Uma serpente que rodeia Emma Swan.

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As aspas em algumas palavras quando estiverem no ponto de vista de David são usadas para demonstrar a ironia dele.

[...]

Pov Emma

Faz dois dias desde a reação violenta de David. Nesse período, conversei algumas vezes com Regina ao telefone e ela está muito preocupada por não poder me ver.

Ela me disse que não havia contado ao meu irmão sobre o nosso envolvimento e não entendemos como soube. Chegamos a conclusão que, mesmo para ele, a agressão seria uma atitude desproporcional demais se tivesse partido apenas de uma dúvida.

Felizmente, meus hematomas estão bem menos doloridos hoje. Já o clima na mansão não é dos melhores, pois David continua aqui. Ele foi desaconselhado a viajar por orientação médica. Não tanto pelos machucados, mas em virtude do surto psicótico diagnosticado pelo doutor Gold, psiquiatra amigo da família, que veio conversar com ele a pedido de mamãe.

Papai e Ruby vieram aqui umas duas vezes depois do ocorrido, o que não é muito normal em um espaço tão curto de tempo. Claramente fizeram isso porque estão preocupados conosco. Ou seja, nem David, nem eu podemos reclamar da atenção que nos está sendo dispensada pela nossa família.

A única atenção que não posso ter é a de Regina e essa era justamente a que eu mais queria agora. Não é exagero dizer que se estivesse aqui ao meu lado, tudo estaria perfeito, apesar dos machucados.

Na impossibilidade da presença física, resolvo ligar, pela segunda vez no dia, para que possa ter ao menos a sua voz.

Quando atende, falo logo, sem dar oportunidade para que me cumprimente: — Você invadiu meus pensamentos novamente e tive que ligar...

— Hum... Que coisa mais gostosa de ouvir! — a voz dela é que soa assim aos meus ouvidos — Como você está se sentindo agora, querida? — questiona, mais formal.

— Bem, doutora! Quer dizer... Fisicamente bem, mas acho que necessito de cuidados psicológicos — digo, tentando parecer séria — Preciso de uma psicóloga para cuidar de mim... Mas, ela tem que ser morena e muito bonita... — acrescento, brincalhona — Será que você conhece alguma assim? — finalizo e ouço sua risada provocante.

— Deixe-me ver... — faz um pouco de suspense — Acho que a doutora Eva Zambrano, minha amiga, atende aos requisitos. Quer o número dela? — entra na brincadeira.

— Ela é nova-iorquina e torce pelos Knicks? — dou prosseguimento a nossa conversa boba.

— Não... Ela é de Miami e torce para o Heat! — seu tom é divertido — Emma Swan... Você está procurando uma profissional ou alguém para casar? — pergunta, num falso tom de censura.

— Aí depende dessa Eva ser tão boa na cama quanto você... — quase consigo imaginar a reação chocada dela, porque nunca havia dito algo assim.

— Sua boba... — ri alto — Nunca pensei que tivesse uma face atrevida, Emma Swan! — comenta, ainda se divertindo.

— Não se espante... Estou sob o efeito de medicamentos! Quando você voltar a me ver, é provável que eu esteja corando as faces novamente.

Neste instante, ela me pede um momento e fico esperando que volte a falar comigo, mas antes ouço uma voz masculina do outro lado da linha:

Regina, desculpe interromper... Surgiu um problema na universidade e estão me chamando com urgência.

E a voz grave dela: — Tudo bem! Depois continuamos.

Após isso, faz-se um breve silêncio de vozes, substituídas pelo som de passos ficando distantes e, na sequência, mais próximos. Logo Regina volta dizendo "alô" novamente.

The Lady In My Life [SwanQueen]Onde histórias criam vida. Descubra agora