13. O pedido de Emma Swan

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Pov Regina

Acordei há pouco e me surpreendi ao ver que Emma não estava ao meu lado, mesmo assim permaneci um tempo a mais na cama, espreguiçando-me e pensando no que aconteceu ontem à noite, até que um barulho vindo de fora do quarto chama a minha atenção.

Imagino que Emma deve estar na cozinha preparando o nosso café da manhã ou, pelo menos, o meu, já que dificilmente ela faz essa refeição.

Sorrio e envolvo meu corpo com um lençol, antes de me levantar e rapidamente saí do quarto, seguindo o som, imaginando-a totalmente perdida na minha cozinha, que não é um território ainda conhecido para ela.

No entanto, quando passo pela sala, encontro-a vestida com a calça que usava quando chegou aqui ontem e, aparentemente, procurando algo atrás do sofá.

A cena me deixa confusa, então questiono: — O que você está fazendo, Srta. Swan? — em tom de brincadeira e percebo que ela se assusta.

— Estou procurando a minha blusa, que deve ter caído por aqui ontem à noite. — Responde lacônica e muito séria.

— Por acaso você estava pensando em ir embora sem me dizer nada? — Pergunto, franzindo o cenho, custando a acreditar que ela realmente planejasse fazer isso.

— Não quero atrapalhar seus planos para o resto do dia. Você pode estar esperando alguém ou pode ter algum encontro marcado. — diz sem olhar para mim e a ironia em suas palavras me magoa.

— Emma, toda essa cena ainda é por você ter encontrado Archie aqui? Ele estava apenas... — Tento explicar, mas sou interrompida.

— Você não me deve explicações, Regina. Afinal, eu sou apenas uma das suas cobaias. Ou melhor, fui, porque não me interessa participar de experimento algum. — Contesta, visivelmente irritada.

Quase no mesmo instante, encontra a blusa e apressadamente a veste, andando em direção à porta, todavia, adianto-me e fico entre ela e a saída.

— Você pode me dizer por que está saindo assim sem me dar nenhuma explicação sobre esse comportamento estranho? Chegou aqui sem dizer que vinha, fez sexo comigo parecendo que estava com raiva... O que acha que eu sou, Emma? Uma prostituta? — Desafio, furiosa. — Aliás, eu deveria voltar ao quarto para ver se você não deixou dinheiro sobre a mesinha de cabeceira?! — Acrescento, irônica.

— Regina, só me deixe ir embora! — Pede, ainda sem me encarar.

— Não! — Respondo incisiva. — Só há três maneiras de você sair daqui: pulando a janela, arrancando a chave da minha mão com violência ou se acalmando e conversando comigo sobre essa história de cobaia e experimento, porque não estou entendendo nada disso. — Pontuo, séria. — Então, qual vai ser sua escolha?

Olha-me com raiva e se aproxima ainda mais, tentando me intimidar com sua altura, usando seu corpo para me encurralar contra a porta. Está tão perto de mim que sinto sua respiração entrecortada contra a pele do meu rosto.

— Me dê a chave! — Ordena, estendendo a mão espalmada e contraindo a mandíbula, não disfarçando sua raiva.

— Você não precisa mostrar que é mais forte do que eu, sei disso. E não me assusta, se quer saber... — Enfatizo, atrevida. — Também sei que você não teria coragem de bater em mim! Mas já que não é capaz de escolher a alternativa certa, farei isso em seu lugar.— Digo, levantando a mão e acariciando seu lindo rosto, numa tentativa de mostrar que seja lá o que estiver acontecendo, ela pode confiar em mim.

Emma estremece e fecha os olhos. Por um momento, parece esquecer da raiva, como se estivesse aproveitando o contato dos meus dedos em sua face. No entanto, ao abri-los novamente, dá uns passos para trás, distanciando-se e, em silêncio, anda na direção do sofá. Neste instante, ela mais parece uma criança desobediente que foi colocada de castigo.

The Lady In My Life [SwanQueen]Onde histórias criam vida. Descubra agora