The Lady In My Life [SwanQueen]

28. A paz nos braços de Regina Mills.

Pov Emma

Meu corpo umedecido pelas gotas d'água sente o impacto do frio quando saio do banheiro ainda nua, entrando no quarto. Minhas narinas se expandem e sou tomada pelo perfume de amêndoas, destacando-se em meio aos outros cheiros que preenchem o lugar. Pestanejo, tentando me adaptar à leve escuridão e, em alguns segundos, vislumbro sua silhueta próxima das portas envidraçadas que se abrem à pequena sacada.

No lugar onde Regina está, o brilho da lua acaricia sua pele, coberta por uma fina camada de loção corporal. Ela cantarola uma música baixinho. Não sei ao certo qual é, mas a melodia me lembra "Send Me An Angel".

Regina não parece perceber que é observada, então me encosto à moldura da porta para apreciá-la, seguindo cada movimento de seus dedos esguios e delicados, trilhando um caminho pelo ventre cada dia mais acentuado pela gravidez. Mordo o lábio, experimentando um breve pulsar de excitação com a cena que meus olhos acompanham.

- Não quer me ajudar a espalhar o óleo? - Sua voz sedutora me arrepia, provocando-me um sutil sobressalto ao ser flagrada nesse momento de voyeurismo.

Sorrio, sacudindo levemente a cabeça para os lados, me afastando da soleira da porta e andando até ela, sentindo o cheiro de amêndoas ficar mais forte à medida que eu me aproximo.

- Você estava fazendo isso muito bem sem mim. - Digo bem-humorada, sem conseguir ver sua reação ao comentário, pois ela permanece de costas.

- Tem certeza que vai continuar apenas olhando, quando pode me tocar? - Provoca, fitando-me de soslaio por cima do ombro direito. - Você não imagina o que está perdendo... - Os músculos de sua face se movimentam para formar um sorriso malicioso.

O meu também se amplia no momento que estendo a mão esperando que Regina me passe o óleo, o que ela faz em um gesto demorado. Seus castanhos me observam com um brilho fugaz. A atmosfera antes fria do quarto, gradativamente vai sendo substituída por uma onda de calor. Sinto as pequenas gotas d'água que deslizam pela minha pele evaporarem com a sensação que me aquece o corpo.

Derramo uma camada generosa do óleo na palma, deixando o frasco na mesinha de canto, e esfrego uma na outra, antes de suavemente deslizá-las ao longo das costas nuas e macias da minha mulher, num gesto ascendente. Ela tem razão. Isso é bom demais.

- Hum... - Seu gemido abafado provoca um novo calafrio em mim e continuo massageando, desta vez em movimentos circulares, a parte mais baixa de suas costas. - Suas mãos são mágicas, Emma! - Murmura, encostando-se em mim e debruçando no meu peito a cabeça coberta por fios sedosos e um pouco mais longos do que na época em que nos conhecemos. Como está sem seus clássicos saltos altos, a diferença de altura entre nós torna-se mais evidente, e eu consigo com facilidade beijar o topo de sua cabeça.

- Adoro o cheiro dos seus cabelos! - Exclamo, subindo as mãos, apertando as pontas dos dedos em suas omoplatas.

Como resposta, ouço sua risada baixa, meio abafada.

- O que mais você adora em mim? - Questiona de maneira sussurrada.

Solto o ar pela boca, quando ela se move, roçando a bunda devagar nas minhas coxas.

- Adoro o fato de você ter sido capaz de derrubar meus muros, de ter percebido e entendido os meus medos, as minhas inseguranças... - sua pele esquenta sob o meu toque - Você me compreende e me enxerga de uma maneira que nenhuma outra pessoa foi capaz, por isso amo a nossa conexão. Amo essa química... - Continuo enquanto ela relaxa com o movimento das minhas mãos. Me calo por um momento ao perceber que a sua respiração fica errática.