Pov Regina
David voltou de viagem há duas horas. Quando me ligou, para dizer que havia chegado, pedi que viesse me encontrar no apartamento. Tentei disfarçar, ao máximo, a minha tensão, mas, na verdade, estou com bastante receio desta conversa.
Sei que estou apaixonada por Emma e que a minha relação com meu futuro ex já não tinha nenhum sentido, mesmo antes de me dar conta disso. É algo bem natural para mim. No entanto, para quem está do lado que não decidiu terminar, sempre é mais complicado.
David chega pontualmente às 20 horas e ao recebê-lo na porta do apartamento sinto seus lábios sobre os meus e o ouço dizer que estava com saudades. Essa atitude me constrange, instantaneamente.
— Não trouxe um presente para você, amor. Desculpa... Mas o evento foi tão maçante, que não tive tempo, nem ânimo de deixar o hotel pra nada — vai falando, animadamente, enquanto dou passagem para que entre — A que se deve seu chamado tão urgente? Será que vamos ter um jantar romântico? — prossegue, vendo-me fechar a porta.
— É melhor você sentar — quero ir direto ao assunto.
Só então ele parece perceber que estou bastante séria e me encara, confuso. Sua expressão antes alegre, assume um ar tenso. Porém, atende meu pedido, dirigindo-se ao sofá da sala.
Sento-me ao seu lado e o olho fixamente.
— Antes de mais nada, preciso me desculpar... Sei que deve estar cansado, só que não poderia esperar até amanhã, porque não quero passar mais um dia sequer sem resolver a nossa situação... — expresso, de um fôlego só, criando coragem durante a pequena introdução e o vejo se remexer no assento, começando a demonstrar desconforto ou talvez impaciência.
— Resolver a nossa situação? Não estou entendendo, Regina... — franze o cenho.
— David, eu quero terminar! — não tenho a intenção de torturá-lo com suspense, então não me perco em rodeios.
É nítido que a declaração pega-o totalmente de surpresa e ele, claramente, se agita. No entanto, permanece um tempo em silêncio, como tentando processar a informação, tendo desviado os olhos dos meus e mantendo a cabeça um pouco baixa por um instante.
De repente, volta-se novamente para mim e retruca: — Você só pode estar brincando!
— Infelizmente não, David! Estou falando muito sério! — seguro sua mão, num ato reflexo, na tentativa de mantê-lo, se não calmo, ao menos controlado.
David aproveitando-se da minha ação, aperta a minha mais forte e indaga, na sequência: — O que houve? Estávamos tão bem quando eu viajei... Podemos conversar se há algo incomodando vo... — não o deixo completar.
— Você poderia estar bem, David, mas eu não. Pensei muito sobre isso na sua ausência e a minha decisão é definitiva. Espero que possa entender — retiro a minha mão da dele, que se levanta, exasperado, esfregando as palmas no rosto e desalinhando o cabelo.
— Estou começando a entender sim... Você está me deixando por causa daquele louco doente. Você o viu novamente enquanto estive fora, não foi?
Mal as perguntas saem de sua boca, sinto como se todo o sangue do meu corpo gelasse nas veias. "Como ele deduziu que Emma esteve aqui?"
— De... De quem você está falando? — gaguejo sem querer.
— De quem mais eu estaria falando, Regina? Do seu ex-namorado maluco... Archie — caminha irritado pela sala.
Reprimo um suspiro aliviado, porque essa menção a Archibald, denota que não desconfia de nada.
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The Lady In My Life [SwanQueen]
Romantizm[CONCLUÍDA] Regina Mills namora o jovem médico David há cerca de três meses. No dia em que ele a leva para conhecer sua família, ela é apresentada a Emma Swan, irmã do namorado, uma mulher corajosa e incomum, por quem passará a nutrir intensos senti...