(Final de Abril, em Nova Iorque)
Pov Emma
Regina e eu tiramos a manhã para andar pelas lojas de itens para bebês. Minha amada e consumista noiva lotou o porta-malas do carro com sacolas da Giggle e da Buy Buy Baby. Da última vez que contei os móbiles, tínhamos oito com temas variados: animais, estrelas, unicórnios, musicais… Eram tantos que alguns certamente ficariam de herança para os nossos netos.
Não que eu não tenha argumentado, mostrando o exagero da situação, porém Regina rebateu muito segura afirmando que pesquisas recentes demonstraram que os bebês que entram em contato com objetos de formas e cores diferentes tendem a ser mais bem sucedidos e inteligentes quando adultos.
— Onde foi que desenvolveram essa pesquisa, meu amor? — Meia hora atrás, eu ainda tentava inutilmente ser a voz da razão, antes que ela comprasse o oitavo móbile.
— Não tenho ideia, mas pra mim faz todo sentido e isso é suficiente! — Refutou com toda a autoridade que uma grávida de quatro meses pode ter.
Seu sorriso acabou quebrando o meu raciocínio e eu me limitei a sorrir de volta. De qualquer forma, estava curtindo o momento tanto quanto ela. Embora não tivesse um impulso consumista tão ávido, também estava ansiosa para ver os quartos dos nossos bebês montados.
— Emma Braun Swan, onde estão os sapatinhos dos Knicks que eu coloquei aqui há pouco? — Regina ergue uma sobrancelha em tom acusatório depois de fazer uma grande bagunça no carrinho de compras.
"Droga, não era para ela ter percebido agora!" — Praguejo em pensamento, enquanto tento dissimular olhando para dentro do carrinho, fingindo não saber do que ela fala.
Minutos atrás, estávamos terminando as compras na Babies’ R’Us quando me aproveitando de uma pequena distração dela, me desfiz discretamente dos tais sapatinhos largando-os em uma das gôndolas atrás de outros objetos antes de irmos até o caixa.
— Quais sapatinhos? — Me faço de desentendida, meneando a cabeça. Talvez eu possa convencê-la com meu ar mais inocente, porém como atuar não é o meu forte, sei que estou falhando miseravelmente no instante em que Regina semicerra os olhos e contesta em seguida:
— Emma, eu não acredito que você teve a ousadia de tirar aqueles sapatinhos daqui! — Censura-me com indignação.
— Meu amor, não podemos impor esse tipo de coisa aos nossos filhos. — Retruco bastante séria. — Eles devem ficar livres para escolherem outros times... — e emendo quase sussurrando: — Podem torcer para os Celtics, por exemplo! — Termino com um sorriso doce estampado no rosto.
Estou pronta para ouvir que nem em sonho nossos filhos torcerão para o Celtics, porém, contrariando as minhas expectativas, ela diz em tom conciliatório, depois de pensar um pouco:
— Tudo bem! Não vamos brigar por isso. — Abro os olhos bem surpresa. — Teremos dois bebês e cada um pode torcer para um time. Traga de volta o sapatinho dos Knicks e você pode pegar um do Celtics também. — Consente, mas não sem pronunciar o nome do meu time de um jeito desdenhoso.
— Amor, você é a grávida mais adorável do mundo! E nem preciso conhecer as outras para ter certeza disso. — Sopro um beijinho na direção dela, ao passo que me distancio sob o olhar não muito feliz com a concessão. Noto que um casal atrás de nós na fila sorri com a cena.
Rapidamente pego os objetos na seção dos brinquedos e acessórios licenciados pelos times da NBA, pois já estamos perto de ser atendidas no caixa. Quando estou voltando apressada, ouço alguém chamar meu nome e interrompo os passos:
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The Lady In My Life [SwanQueen]
Romance[CONCLUÍDA] Regina Mills namora o jovem médico David há cerca de três meses. No dia em que ele a leva para conhecer sua família, ela é apresentada a Emma Swan, irmã do namorado, uma mulher corajosa e incomum, por quem passará a nutrir intensos senti...