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   Nunca havia se sentido tão ansiosa como estava naquele momento, era quase como se houvesse sido forçada a comparecer em um teatro lotado de pessoas novamente, mas não, era apenas a porcaria de uma festa — com apenas algumas pessoas segundo as palavras de Bokuto —, mas mesmo assim não conseguia não estar ansiosa, os Miya também compareceriam uma vez que Kita os chamou mesmo não sendo o dono da festa, conseguia se sentir mais calma por saber que Atsumu estaria por lá, o loiro com certeza rosnaria para qualquer um que tentasse chegar em um raio de cinco metros de você. Estava sentada na ponta da cama de seu quarto enquanto seu melhor amigo tentava terminar a maquiagem eu seu rosto, bufou irritado.

   — (Nome), porra, pare de piscar para eu passar a merda do rímel, vou te borrar inteira.

   Ele murmurou mau humorado enquanto terminava de passar o pincel sobre seus olhos, passos apressados subiram as escadas rapidamente em direção ao seu quarto, olhou para o lado se detendo com um Osamu completamente ansioso que andava de um lado para o outro com a fantasia de pirata, arrancou o tapa-olho de modo irritado.

   — Não quero ir.

   O homem de cabelos acinzentados murmurou com o tom levemente choroso, você suspirou antes de concordar com a cabeça.

   — Eu também não quero ir.

   — Deixa a gente faltar, Atsumu, por favor por favor por favor.

   Tanto você quanto Osamu murmuraram em uníssono com as mãos juntas quase como se implorassem para que o homem deixasse que vocês dois enfurnados dentro da casa assistindo alguma coisa qualquer na televisão. O Miya loiro bufou irritadiço antes de negar com a cabeça por fim, guardou as maquiagens não sem antes grudar um pouco de glitter prateado no canto de seus olhos, levou a atenção de você até o irmão gêmeo.

   — Vocês dois precisam aprender a socializar, por deus, parecem bichos, ninguém vai sequestrar vocês.

   — Eu sou bonitinha alguém pode querer me sequestrar.

   Disse pousando as mãos sobre o queixo tentando fazer uma pose fofa, Atsumu fez uma careta.

   — É bonitinhas mas é fresca demais, iam te devolver em dez minutos — ele murmurou por fim fazendo você revirar os olhos enquanto abaixava as mãos, ele respirou fundo —, todos nós vamos, (Nome), você realmente quer deixar o Bokuto sozinho em uma festa com um monte de mulheres seminuas quando vocês ainda não tem nada sério?

   Ele indagou arqueando uma das sobrancelhas, você arregalou os olhos pouco a pouco, sentindo uma onda de motivação gigantesca correr por seu corpo, realmente você e Koutarou não tinham nada sério, estavam até que meio afastados naqueles dias por causa do trabalho do homem, se viam no máximo um dia por semana e ele apenas conseguia ficar por algumas horas antes de voltar para toda a papelada que envolvia ser um primeiro tenente do corpo de bombeiros, não haviam transado mais nenhuma vez sequer, o clima estava estranho por assim se dizer, você não sabia se havia feito alguma coisa errada da primeira vez, era completamente virgem então não sabia se ele havia odiado, mas não havia tocado em você de modo sugestivo mais nenhuma vez sequer, apenas alguns selinhos curtos. Certamente não poderia deixar que ele fosse sozinho para a festa quando estavam daquele modo.

   — Está bem eu vou, seu chato.

   — Eu não sou chato, não tenho culpa se você é obsessiva, sua louca.

   — Não chamo isso de ser obsessiva, chamo de ser cuidadosa, apenas.

   Murmurou de modo simplório arrancando um riso baixo de Osamu que encolheu os ombros antes de respirar fundo.

𝐎𝐏𝐄𝐑𝐀 𝐇𝐎𝐔𝐒𝐄 ; bokuto koutarouOnde histórias criam vida. Descubra agora