𝐎𝐏𝐄𝐑𝐀 𝐇𝐎𝐔𝐒𝐄 ; bokuto koutarou

3.0

Keiko Hinata parecia estar calma demais, completamente o contrário de Bokuto que parecia que iria enlouquecer a qualquer segundo enquanto se infiltrava por entre as ruas pouco movimentadas de Hateruma em direção ao hospital local, o sol começava a se por mais ao longe deixando o ambiente levemente a penumbra iluminado pelo laranja dos raios finos e os postes de luz que não possuíam uma lâmpada muito forte assim por se dizer. A mulher de cabelos avermelhados estava no banco de trás do carro enquanto acariciava a barriga lendo um artigo qualquer sobre mães de primeira viagem enquanto seu namorado no banco do motorista parecia suar frio.

— Kou, você não vai dar a luz até onde eu sei.

Disse de maneira divertida correndo os olhos até o namorado que desviou de um carro de modo atrapalhado, ele riu de maneira nervosa antes de negar com a cabeça devagar enquanto tamborilava os dedos contra o volante, Koutarou cerrou os olhos amarelos quase como se quisesse visualizar a própria estrada antes de respirar fundo, encolheu os ombros.

— Estou em pânico, (Nome), não quero presenciar uma ficção cientifica na minha frente — sussurrou apenas para que você ouvisse enquanto jogava o carro para o lado cortado caminho escutando o som da buzina do outro motorista que parecia o xingar —, céus, agora eu oficialmente vou ficar com trauma da gravidez.

— Ainda me amaria se eu engravidasse? — indagou rindo jogando a cabeça para o lado fitando o homem de cabelos acinzentados que franziu o cenho antes de prensar os lábios sem responder nada, você cerrou os olhos de maneira indignada antes de deixar um tapa relativamente forte no braço de Koutarou que resmungou baixinho segurando o volante com mais força — Responda a pergunta, Bokuto Koutarou!

   Murmurou tentando segurar o próprio riso simplesmente não acreditando que o namorado estava hesitando em responder uma simples pergunta; ele bufou mau humorado antes de concordar com a cabeça por fim lhe fitando com os cantos dos olhos amarelados, sorriu fraco.

   — Não deixaria você sozinha — ele balbuciou antes de respirar fundo, encolheu os ombros —, mas eu provavelmente fugiria durante os nove meses.

   — Koutarou!

   — (Nome), gravidez é uma coisa bizarra, não quero ver de perto, vamos adotar uma criança.

   — Não quero ter filhos.

   — Então por que diabos você está falando disso?!

Ele indagou levemente confuso não conseguindo conter o próprio riso arrancando um rolar de seus olhos, negou com a cabeça devagar antes de esparramar o corpo contra o banco do passageiro cruzando os braços por fim sentindo seu estômago estranho, sabia que ele estava brincando não conseguiu deixar de sentir um aperto no próprio peito, talvez estivesse perto de seu próximo ciclo menstrual, a TDPM nunca ajudava naquele quesito, com certeza não.

— Você não me amaria se eu engravidasse.

Murmurou com a voz levemente chorosa piscando diversas vezes na tentativa de espantar as próprias lágrimas que insistiam em se querer fazer presentes por entre os cantos de seus olhos; cruzou os braços sobre o abdômen desviando o olhar para a janela. O homem de cabelos arregalou os olhos suavemente lhe lançando um olhar completamente confuso antes de negar com cabeça incansavelmente, esticou uma das mãos em direção a sua coxa a acariciando com o polegar por cima do tecido da calça jeans surrada que vestia, suspirou pesadamente, Keiko continuava em silêncio sentada no banco de trás do carro vez ou outra acariciando a própria barriga e controlando a respiração.

   — Claro que eu te amaria, gatinha, estou brincando, não tenho medo de nada se você ficar do meu lado — ele disse em um sussurro carinhoso arrancando um sorriso fraco de seus lábios, concordou com a cabeça por fim o vendo respirar fundo como se tentasse entender a bagunça que sua mente era naquele momento, aos poucos Koutarou notava como você era sensível demais, quase como se seus sentimentos estivessem sempre quase transbordando por seus olhos; era complicada demais, mas mesmo assim o homem de cabelos acinzentados tentava ao máximo lhe entender o quanto podia —, está de TPM?