the hottest sin

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Na noite de quarta-feira, todos estavam nervosos, até parecia que estavam subindo em um palco pela primeira vez. Os pressentimentos de Hyunjin avisaram que o lugares encheria mais do que o esperado e as dez da noite quando todos já estavam dentro do local, o ar mau conseguia circular por entre eles, estavam se empurrando e se espremendo uns contra os outros e os grandalhões do bar não estavam gostando nada.

– Isso vai dar tanta merda, se a polícia chegar aqui estamos todos fodidos. – Mais uma vez, Hyunjin deixa toda a banda nervosa mas ele estava certo, os alunos que vieram assistir ao show com certeza eram menores de idade e estar num bar a essa hora da noite não era a melhor ideia.

– Por favor Hyunjin eu sei que você está nervoso e preocupado, vamos só acabar com isso de uma vez e da próxima você cuida do local do show. – Ele jogou as mãos para o ar rendido e quando Judy abriu a cortina, a banda entrou no palco.

Todos gritavam até as veias do pescoço saltarem e pulavam de alegria enquanto Jisung e Hyunjin mandavam beijo para eles, Felix olha para Judy que estava olhando para Felix e em seguida para Minho. A troca de olhares servia como um: Somos grandes, temos futuro e não podemos parar agora.

– Boa noite nova jersey! – Felix disse ao microfone forçando uma voz mais sensual do que todos já estavam acostumados a ouvir e quando gritaram para ele, percebeu que sua sexualidade não era assim tão importante para eles.

Quando eu saldei a nossa plateia eu fiquei meio confuso, a alguns dias atrás haviam descoberto aquela bomba sobre mim e quando subi no palco foi como se nada tivesse acontecido, percebi que eles realmente gostavam da gente e da nossa música.

A banda começou tocando Give 'Em Hell, kid do My Chemical Romance e desta vez Felix e Minho eram as vozes principais enquanto Judy estava apenas na guitarra interagindo com Jisung na bateria e Hyunjin no baixo. Logo em seguida depois de algumas garrafas com água, Minho e Judy cantaram a música que todos estavam esperando, nomeada como the hottest sin por eles. Enquanto cantavam tentavam fazer a mesma encenação da primeira vez e as provocações entre eles faziam a plateia gritar ainda mais alto.

A banda não pode tocar mais do que três música, a sirene da polícia pode ser ouvida por eles de dentro do local e o empurra empurra começou, enquanto os policiais não conseguiam entrar pela quantidade de pessoas, os cinco arrastavam os instrumentos de volta para dentro do pequeno caminhão que havia alugado.

– Anda logo! – Jisung disse entrando no lado do motorista. Jisung deu a partida e a cena mais engraçada aconteceu, uma porta do caminhão estava aberta e Judy estendia a mão para Hyunjin que ainda tentava subir no mesmo. Felix e Minho ao invés de ajudarem o amigo, riam como dois idiotas da forma como ele corria com os olhos arregalados.

– Seus filhos da puta do caralho! – Ele gritou quando enfim subiu no caminhão e chutou a perna de Minho que ainda estava no chão quase sufocando de tanto que ria. – Se eu fosse pego vocês dois seriam os primeiros a ser entregues.

– Ei, eu ajudei você a subir! – Judy diz contendo a risada e fingindo indignação.

– Óbvio que eu não entregaria você, com Minho na cadeia sobraria mais tempo para nós dois. – Desta vez ele decide brincar e irritar Minho que para de rir no mesmo instante e levantasse do chão com a provocação do amigo.

– O que você disse, palhaço?

– Seu pau cheio de cabaço! – Ele aponta para o amigo rindo como um idiota com sua rima tosca e Judy acaba gargalhando junto.

As duas semanas seguintes foram uma verdadeira correria, a banda havia feito quatro shows por conta própria até agora e a cada dia que passava as pessoas os conheciam ainda mais, outro dia Hyunjin autografou os seios de uma garota e quase caiu para trás, estava se sentindo a maior estrela do mundo. Ainda usando os instrumentos emprestado da igreja, eles tocavam no Huddles Pub, um lugarzinho mediano que tinha espaço próprio para música ao vivo e dividiam parte do lucro com Jorge, o dono do local.

Depois do show enquanto o público se dispersava do local, eles sentam juntos em uma das mesas e pedem um lanche que sai por conta da casa, enquanto conversavam sobre as novas músicas que estavam sendo compostas por eles, Judy observa por cima dos ombros de Felix sentado a sua frente um velho amigo vindo em sua direção.

– Então você é... – O rapaz diz parando ao seu lado e todos os quatro olham para ele. – Go Go Judy! É um nome legal. – Ele rir enquanto tinha as mãos enfiadas no bolso da calça e a garota engole em seco, por baixo da mesa ela sente Minho apertar a sua mão levemente.

– O que faz aqui? – É a única pergunta que vem em sua mente.

– Vim ver o show, comprei até uma bandana. – Ele balança o pano no ar mostrando a eles. – Não vai me apresentar a banda? – Os rapazes estavam assustados mas não pelo cara esquisitão a sua frente e sim pela forma como Judy parecia tão vulnerável perto dele, suas mãos estavam trêmulas e suadas enquanto ela permanecia olhando para elas sem nada a dizer. – Vamos conversar lá fora. – Ele diz e começa a andar se distanciando.

– Quem é esse cara? – Minho é o primeiro a perguntar quando Judy parece voltar a respirar por alguns segundos. Ela vira-se um pouco mais para Minho e baixa o seu olhar em seguida como se fosse impossível encara-lo naquele momento.

– Não vou poder voltar com vocês hoje...

– O que? Você não vai lá fora sozinha com ele! – A situação estava óbvia mas não tão clara, todos eles e principalmente Minho haviam percebido que aquele cara não era nada amigável, logo quando ele chegou foi como ver toda a energia que Judy tinha ser sugada de dentro dela.

– Ele não é ninguém em especial, não precisa se preocupar. – Vê-la tentar sorrir era de partir o coração e não querendo deixá-la ainda mais triste com a sua falta de confiança, Minho a deixou ir, viu Judy pegar a sua bolsa e acenar para os rapazes.

Go Go Judy! | Lee Know | Stray KidsOnde histórias criam vida. Descubra agora