Sete Meses (SasuHina)

Sexta Fase - Capítulo VIII

O caminho seria longo, mas agora só pensava em uma única coisa.

Se vingaria daquela vadia desgraçada.

Certamente, se vingaria.

SETE MESES

SEXTA FASE

VIII

Setembro ~ 6º Mês

Suprimindo o seu próprio chakra e contando com a presença de Aoda e Garuda, Sasuke pisou no local indicado pelo falcão. Tratava-se de uma caverna localizada no meio do nada e há quase três dias de distância de Konoha. Nela, era possível se deparar com uma cascata enorme, dona de uma queda d'água capaz de causar arrepios a qualquer mortal. Também era possível identificar uma entrada discreta ao interior da caverna.

Utilizando da sua mão enfaixada, o Uchiha ordenou às invocações que permanecessem fora de qualquer batalha que viesse a acontecer e com o rinnegan, ele criou um ponto de acesso por detrás daquela barreira de água. No caso de problemas maiores, já teria um portal pronto para se lançar em segurança.

Eram aproximadamente duas da manhã quando o Uchiha meneou a cabeça aos seus companheiros e rumou ao local úmido e escuro. Se agia de maneira irresponsável? Claro que sim, mas nada mudaria o seu objetivo. Ele colocaria as mãos naquela desgraçada, entenderia tudo e daria cabo dela depois.

Foi com esse pensamento que Sasuke prosseguiu sem se importar com o chão gosmento ou com os pingos gelados que caíam sobre ele. Ali, chegou à conclusão de que morrer naquele lugar deveria ser bem triste, mas não se preocupava. Aquela possibilidade não se atribuía a ele de qualquer maneira.

Uma análise rápida começou e os olhos bicolores trabalharam em busca de todos os detalhes que pudessem lhe dar uma luz. Encontrou as pegadas ainda frescas, os resquícios de tochas e uma aura bem robusta vinda do fundo da caverna. Aliás, ela não parecia ter se preocupado em sumir com os próprios rastros.

Talvez Hanue tivesse a certeza de que não seria achada? Ou talvez ela estivesse aguardando por ele?

— Finalmente. — Alertando-a da sua chegada, o tom rouco ecoou por cada centímetro daquele lugar. A mulher se moveu e esboçou surpresa ao encontrá-lo. — Pensou o quê? Que eu não te acharia?

— Não, eu já esperava por isso. Só não imaginei que seria tão rápido. — Ela recobrou a postura e mirou o rapaz a sua frente. — O pássaro metido conseguiu mesmo me rastrear...

— O pássaro metido se chama Garuda. — Indiferente, ele a corrigiu.

— Garuda. — Uma risadinha debochada escapou dela. — O ódio dele por mim, eu nunca vou esquecer. — comentou já acrescentando: — Ele é um bom cão de guarda da princesinha Hyuuga. — O cenho do moreno se franziu e a mão áspera agarrou o cabo da kusanagi com firmeza. — Oh, confesso que te ver fazer isso mexe com as minhas fantasias.

Ciente da maldade explícita, o ex-desertor arqueou a sobrancelha e desembainhou a sua lâmina. Bem polida, o reflexo dos seus olhos se desenhou nela, junto do avermelhado do sharingan que tomava a sua única íris escura. Ele sabia ser amedrontador quando queria e faria isso valer.

— Vamos ao que interessa. — O braço foi erguido e a kusanagi apontada à inimiga. — Qual é o seu problema?

— O meu problema? Eu tenho vários. — Ela ironizou e demonstrou não se aborrecer com aquela ameaça exposta. — Mas posso explicar mais a fundo se quiser... Líder.