Terceira Fase - Capítulo II

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[REVISADO 20/09/2021]


Sasuke, além de achá-la saborosa em diversos aspectos, percebeu o quanto a comida caseira lhe fazia falta. Levando em consideração tudo vivenciado até ali, os sete meses convivendo com Hinata lhe soavam até bem interessantes.


SETE MESES

TERCEIRA FASE

II


Abril ~ 1º Mês

Três dias haviam seguido desde o casamento e os recém-casados retornavam às suas velhas rotinas. Adiantado, o Uchiha já se encontrava com Kakashi no prédio principal onde o trabalho acumulado aguardava por ele, e Hinata voltaria ao hospital para a sua função de médica.

Enrolada na toalha com o discreto leque exposto, a jovem passeava despreocupada pelo quarto buscando as roupas que usaria no seu tão esperado regresso. Devido a pouca, mas, ainda assim, convivência, convivência, ela percebeu que não era tão ruim dividir a casa com outra pessoa. Diferente do que imaginou, a sensação de ter alguém para cuidar e ser cuidada também, mesmo que fosse do jeito torto e incerto do seu marido, era extremamente agradável.

Ironicamente, naquele mesmo instante, Kakashi chegava à conclusão de que um dos pergaminhos, dos vários abertos em sua mesa, necessitava especificamente de informações existentes apenas nos que o Uchiha mantinha em casa para análise. Não tê-lo em mãos significava um atraso gigantesco no estudo das rotas que faziam. Ciente disso, ele não hesitou em ordenar que o aluno que fosse ao distrito pegá-lo.

Acostumado a usar o teleporte, o ex-nukenin simplesmente brotou no quarto. Atrás do pergaminho perdido, ele passou os olhos pelo espaço, todavia, em frente ao grande espelho que a sua esposa havia torrado a sua paciência para enfiá-lo ali, ele pôde ter uma noção do problema de desaparecer e aparecer de súbito nos lugares.

Cogitou gastar um pouco mais de chakra para sumir, mas faltou tempo. A herdeira, coberta por uma toalha curta e justa, muito justa, o enxergou pelo reflexo parado às suas costas a olhando. Pelo susto, ela gritou, mas gritou tão alto que qualquer um que passasse próximo ao distrito a escutaria com facilidade.

Uma carranca apareceu na face do Uchiha quando supôs que ela explodiria os seus tímpanos. Como aquela criatura baixinha, calminha e gentil conseguia gritar com tanta potência?

— Inferno! — grunhiu, de cenho franzido, anotando mentalmente a informação óbvia de que não morava mais sozinho, logo, teleportes estavam banidos. — Hinata! Não grit...

Antes que concluísse, o corpo feminino perdeu as forças despencando juntamente da toalha que o cobria. Numa resposta rápida, ele a capturou pela cintura dando base às costas da mulher e, mesmo que a sua ideia fosse ignorá-los, não teve como não notar os seios desnudos que espremiam-se inocentes contra o seu peito.

Desacreditado, o guarda-costas do Hokage revirou os olhos e a acomodou na cama depois de um leve esforço para carregá-la por culpa da falta do outro braço. Como se nada tivesse acontecido, ele subiu a parte da cima da toalha voltando a escondê-los. A mão deslizou pelos cabelos rapidamente e, aquilo era mesmo sério? Ela tinha desmaiado? Qual era o problema dela?

Impaciente, o ex-patife desferiu alguns tapas sutis no rosto delicado a fim de despertá-la e, quando os olhos esbranquiçados finalmente se mostraram arregalados, Hinata deu um salto da cama, tateando o próprio corpo e se certificando de que o incidente não se tratava de um sonho. O rosto tomou uma coloração rubra ao voltar-se ao marido, que a olhava com o seu típico semblante de enterro.

Sete Meses (SasuHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora