chocolate

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partridge
(gostoso)

— Cara, você tá bem?

Finn me pergunta largando o controle do videogame e me encarando preocupado.

— Claro que estou. — não, eu não estou nada bem e é tudo culpa daquela merda de beijou.

Merda, é, não dá pra enganar a mim mesmo. Aquele beijo foi o melhor que eu já provei.

— Ainda pensando no beijo?

— Hãn, não?

— Você precisa descobrir quem ela é, só assim vai voltar ao normal.

Talvez sim, talvez não.

Finn me encara como se eu acabasse de ter fugido do hospício e logo depois dá de ombros e pega seu celular começando a mexer no mesmo.

Ele é estranho, muito estranho.

— Não sabia que a Millie era amiga delas. — Finn me mostra uma foto da noite do baile. na foto estava Millie, uma garota ruiva que mesmo com a máscara de festa reconheço ser Sadie e mais uma garota que reconheci pelo vestido, as três estavam abraçadas de lado enquanto sorriam.

Não qualquer garota, a garota. A garota que eu beijei

— s/n ficou incrível nesse vestido. — ele fala balançando a cabeça como se quisesse destacar o elogio.

s/n?

s/n?

Não. Por favor não. Puta que caralho Eu beijei a s/n.

𖧷

Não faço ideia de que horas são agora, mas tenho certeza que já passou bastante tempo desde que Finn foi embora.

Parece que o tempo está passando devagar depois da péssima descoberta que fiz.

Caralho, eu beijei a pinscher, digo, Tames. Pensando bem, isso não é tão ruim. vamos analisar os fatos:

Primeiro: o Louis da quinta série estaria muito feliz e orgulhoso, o problema é que eu não sou mais aquele Louis.

Segundo: ela é bem bonita, na verdade bonita é pouco... que porra.

Terceiro: não tem terceiro.

Será que ela sabe que me beijou? Se ela sabe, ela teve uma reação pior que a minha?

Não acho que ela saiba, se soubesse muito provavelmente teria me dado um tapa na cara no momento em que descobriu. Ou ela sabe e... não, isso não é uma opção válida.

— Louis! — me assunto ao ver um corpo pequeno correndo em direção ao sofá em que estou sentado e pular no meu colo.

A criaturinha abraçou meu pescoço com seus bracinhos e escondeu seu rosto no meu pescoço.

Abraço o corpo da pequena Partridge de volta e a aperto contra mim.

— Oi meu amor.

Vejo minha mãe passar pela porta segurando uma caixa que parece ser de algum brinquedo, fios do cabelo castanho caiam no seu rosto e ela tinha um expressão cansada.

Parece que passar o dia no shopping com uma criança de cinco anos não foi tão fácil.

— Oi filho — ela deixa a caixa do brinquedo no sofá ao meu lado me dando um beijo na bochecha e outro na bochecha de Millie que ainda estava com a cabeça no meu pescoço.

❛𝗻𝗼𝘁 𝘁𝗵𝗶𝗻𝗸𝗶𝗻' 𝗯𝗼𝘂𝘁 𝘆𝗼𝘂❜Onde histórias criam vida. Descubra agora