❛𝗻𝗼𝘁 𝘁𝗵𝗶𝗻𝗸𝗶𝗻' 𝗯𝗼𝘂𝘁 𝘆𝗼𝘂❜

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—  Por fim, e recapitulando, eles não tem a menor das chances de conseguir a guarda da s/n de volta. Não só por conta das provas que a Marlee apresentou quando conseguiu o direito de ser tutora da s/n, mas também porque ela já está quase completando a maior idade. E no pior dos casos, vocês conseguiriam uma medida protetiva contra eles em apenas um estalar de dedos meu.

Mamãe solta um suspiro longo e cansado, mas principalmente, aliviado.

— Obrigada por tirar nossas dúvidas, Olivia, não sabe o alívio que está nos dando com isso. — Papai fala ao se levantar e apertar mãos com a advogada.

— É sempre um prazer ajudar a sua família, Carter.

Olivia e papai são amigos de infância, então é completamente inevitável que se tratem pelos primeiros nomes.

— E se me permitem emitir a minha opinião, eu costumo acreditar que é melhor encarar nossos demônios do que evitá-los, se fosse vocês, eu tentaria fazer um jantar em sinal de uma possível trégua. Ainda mais que agora s/n aparentemente tem irmãos por parte dos pais biológicos, façam isso não por Ivan e Elara, mas por Tames, Rachel e o pequeno Ivan.

Um silêncio se instala na sala, não um silêncio assustador, um silêncio pensativo e até quem sabe, um silêncio que possa significar que a sugestão de Olivia seja uma possibilidade.

— Até mais, s/n. — ela se despede com um sorriso e se dirige até a porta da frente quando o silêncio dos meus pais se estende por tempo demais.

Mamãe parece acordar com a fala da advogada e a segue até a porta, agradecendo-a durante todo o caminho.

Papai olha pra mim por algum tempo, parecendo querer me fazer uma pergunta, mas não saber quais palavras usar.

— Você e essa Rachel, an... Vocês são próximas ou algo assim, não? — posso ver pelas suas bochechas vermelhas que ele não se sente confortável em fazer a pergunta. Não porque não quer conversar sobre nada relacionado aos Baumann, pelo contrário, ele está com medo de invadir meu espaço pessoal.

— Não exatamente. Já conversamos algumas vezes e ela meio que ajudou o Louis no pedido de namoro, mas não é como se fôssemos super melhores amigas.

Ele acena em concordância, balançando a cabeça um pouco demais.

— Então, como ela é? — sua voz não consegue disfarçar a animação e curiosidade a respeito de Rachel.

Olho para cima procurando as palavras ideais.

— Expressiva? Um pouco irônica, talvez gentil, bastante simpática? — pergunto em uma careta, não tendo certeza de nada do que acabei de dizer.

Não conheço muito bem a versão de Rachel que ajudou o Louis a me pedir em namoro, ainda não tive a chance de conhecê-la melhor. E devido as circunstâncias, não quero falar sobre a Rachel que é a ex namorada do meu namorado. Tenho medo de que meus pais tenham uma má primeira impressão dela.

As vezes, é como se existissem duas da Rachel.

Olho para Carter e percebo que sua careta é quase tão ruim quanto a minha.

— Você é péssima em descrever pessoas.

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— Então amanhã você vai finalmente voltar para a escola? — Louis questiona animado do outro lado da tela do notebook.

Solto uma risadinha e digo que sim enquanto coloco alguns livros na minha mochila, já deixando tudo arrumado para não ter que levantar tão cedo amanhã.