christmas

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partridge

— Mãe, já chega...— resmungo entre o abraço apertado.

— Issie, aperta o Louis um pouquinho mais, vocês não estão cabendo na foto desse jeito!

Estávamos tirando as tradicionais fotos de pijamas combinando na manhã de Natal. Minha mãe fazia disso uma tradição obrigatória em todos os anos.

— Lô, quando isso vai acabar? — Millie sussurou no meu ouvido com a voz arrastada.

Eu estava com Millie no meu colo, seus bracinhos ao redor do meu pescoço, Issie me abraçava (ou me esmagava) apertado. Todos nós estávamos do lado da enorme árvore de natal e mamãe estava na nossa frente, segurando uma Canon e nos obrigando a fazer poses para as fotos de natal.

— Logo pequena, logo.

Depois de mais alguns flashes e sorrisos forçados, Liz abaixou a câmera e começou a olhar o visor.

— Bom, acho que já são o suficiente. podem ir tomar o café. — ela fez um gesto de desdém com a mão.

Acho que um gesto insignificante nunca significou tanto para os irmãos Partridge, já que em questão de segundos, nós três já estávamos sentados à mesa nos servindo das inúmeras comidas típicas de fim de ano.

No centro da grande mesa de vidro continha um refratário redondo com algumas frutas e dispostos no espaço restante da mesa, estavam potinhos decorados cheios de comida. Haviam pãezinhos recheados com patê de frango, biscoitos de gengibre, torradas, mini waffles, cinnamon rolls, rabanada e algumas panquecas em um prato quadrado.

Jarras com sucos, um bule de chá e uma pequena garrafa de café também faziam parte.

Os pratos estavam colocados de acordo com os lugares na mesa, os talheres aguardavam ao lado.

Olho para o lado onde Millie se sentara e a vejo ficando de pé sobre sua cadeira e se esticando sobre a mesa para pegar um pote com morangos, uvas e kiwis cortados em cubinhos.

— MILLIE! — mamãe gritou com a garota que colocava as pequenas mãos nos espaços entre as comidas.

Millie ignorou o grito e voltou ao seu lugar, sorridente por estar com o pote de frutas em mãos.

Sorrio de lado com a cena.

Issie estava sentada do meu outro lado e comia calmamente seus waffles com calda de chocolate.

Sirvo um pouco de café em uma xícara, rapidamente me lembrando do dia em que derrubei esse mesmo líquido no trabalho escolar de s/n.

Um enorme ponto de interrogação aparece em meu subconsciente sempre que penso nela, eu me mantenho confuso sobre os acontecimentos inesperados dos últimos dias.

Minhas ações também foram coisas inesperadas por mim mesmo. Onde em plena consciência eu iria ceder ao meu ego e beijar a s/n? É compreensível que o maior motivo por ter feito aquilo era só para irritá-la ainda mais, porém seria uma fraude dizer que eu não gostei de ter meus lábios nos seus outra vez, e algo dentro de mim diz que talvez ela pense da mesma maneira.

De fato eu não me lembrava do pequeno beijo que a roubei no pátio da escolinha quando éramos pequenos, e realmente acho um motivo banal para se ter ódio de alguém. Não que eu possa a julgar, em algum momento que nem eu sei explicar, comecei a não me dar bem com Tames, e, por mais impressionante que possa ser, eu não sei o exato motivo, apenas sei que em algum dia eu acordei e decidi que iria implicar com a garota até que um de nós acabasse se matando.

Ok, não é pra tanto.

O ponto é: eu não deixei de odiá-la só
porque a beijei e talvez tenha gostado do beijo, acredito que na verdade, toda esse ódio possa ter causado uma espécie de tensão entre nós, o que ocasionou aquele beijo não ter sido algo hmm... repugnante?

Mas aos poucos, eu sinto que não preciso mais implicar tanto com ela, é como se isso deixasse de ser uma necessidade.

Talvez eu esteja criando uma certa maturidade.

— Concorda Louis? — Issie me olha com uma sombrancelha erguida, me tirando do transe e me fazendo perceber que a xícara de café já estava prestes a transbordar.

— Ah, sim, claro!

Issie deu um sorriso sacana.

— Então concorda que deveria me dar aquele carro que eu tanto quero, como presente de Natal?

— O quê? Claro que não Issie! Mãe, manda a Issie ir tomar os remédios dela, ela está se esquecendo!

Mamãe que estava sentada na ponta da mesa retangular, o mais próximo de Millie, revirou os olhos com um pequeno sorrisinho.

— Parem vocês dois, ou não poderão abrir seus presentes.

— E então todos os presentes serão meus. — Millie sussurou baixinho para si mesma — Briguem, briguem seus inúteis! — a garotinha gritou pulando na cadeira.

𖧷

lina;
tem algo de diferente
nesse capítulo, eu
não sei o que é

como foi o clima de hoje
onde vcs estão?
aqui o dia foi chuvoso
e agradável 🤕

❛𝗻𝗼𝘁 𝘁𝗵𝗶𝗻𝗸𝗶𝗻' 𝗯𝗼𝘂𝘁 𝘆𝗼𝘂❜Onde histórias criam vida. Descubra agora