alcohol

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woodwork

— Louis, você poderia por favor parar de cheirar o meu pescoço? — peço começando a me irritar.

O motorista do táxi nos olhou estranho pelo retrovisor do carro, provavelmente achando que iríamos fazer algo inadequado aqui dentro.

Depois que Louis terminou minha "sessão particular de beijos" nós voltamos para o andar de baixo e voltamos a aproveitar a festa juntos. Nossos amigos observaram tudo com olhos arregalados e queixos caídos, mas não fizeram pergunta alguma.

O real problema foi que Louis acabou se empolgando demais na bebida, ele se justificou com: "você finalmente admitiu que todo aquele ódio não passava de tesão acumulado, eu preciso comemorar!"

— Mas o cheiro é tão, tão, tão bom! — disse com a voz embargada.

O motorista segurou o riso.

— Poderia repetir o endereço, por favor? — ele pediu me encarando pelo retrovisor com um sorriso amigável.

Louis deitou a cabeça no meu colo e começou a falar enquanto apontava para o teto do carro e sorria infantilmente:

— Avenida... — o corto antes que ele termine.

— Não vamos para sua casa, sua mãe te mataria se o visse nesse estado. — digo indicando o seu estado aéreo com roupas amassadas e Louis me olhou com um olhar ofendido, cruzando os braços em seguida e fazendo um bico emburrado.

Depois de falar meu endereço para o motorista, comecei a acariciar o cabelo de Louis e ele continuou com o bico fofo e emburrado durante todo o caminho.

— Anda logo Louis! o rapaz não tem a noite toda! — falo arrastando o garoto pelo braço para fora do táxi, mas ele se segurava no banco do carro e não queria sair.

— Mas eu gostei muito dele. Eu gostei muito do senhor, moço. — Louis encarou o senhor com um olhar intenso e o homem conteu a risada.

— Eu também gostei muito de você, rapaz. Mas eu preciso ir para casa, meu horário de serviço já acabou. — disse calmamente, entendendo que Louis não estava sóbrio.

Louis soltou um suspiro frustrado.

— Tudo bem, saiba que eu achei seu bigode maneiro e ele parece ser mais hidratado que o meu cabelo.

É a gota d'água; puxo Louis com força para fora do carro e entrego uma nota de cinquenta dólares para o motorista, gritando um "pode ficar com o troco" antes de puxar o garoto comigo em direção a porta da minha casa.

— Por que a grama não é rosa? Ela seria bem bonita se fosse rosa, não acha? —  Louis perguntou olhando para a grama do quintal enquanto eu procurava pela chave de casa, a qual estava escondida no fundo falso de um vaso de planta.

Olho para Louis com o cenho franzido, me perguntando o que tem de errado com ele antes de me lembrar que é apenas o álcool.

— Tudo bem, agora fale baixo porque meus pais já estão dormindo e precisam dormir bem já que irão trabalhar amanhã. — falo para Partridge depois de o puxar para dentro e trancar a porta.

— s/n cadê você? — ele gritou — s/n! tá tudo escuro, s/n socorro! — Louis berrou no meio da sala escura.

Corri até ele e tampei sua boca com a minha mão.

— Eu estou aqui seu idiota, a luz só está apagada. — eu disse o segurando pelo braço e começando a subir as escadas no escuro.

Arrisco dizer que Louis tem algum pavor com o escuro, já que o garoto se agarrou ao meu braço e não soltou mais.

❛𝗻𝗼𝘁 𝘁𝗵𝗶𝗻𝗸𝗶𝗻' 𝗯𝗼𝘂𝘁 𝘆𝗼𝘂❜Onde histórias criam vida. Descubra agora