❛𝗻𝗼𝘁 𝘁𝗵𝗶𝗻𝗸𝗶𝗻' 𝗯𝗼𝘂𝘁 𝘆𝗼𝘂❜

maybe i don't hate you

woodwork

Mas que porra é essa?

Louis olhou diretamente nos meus olhos antes de retribuir o beijo, nem posso me consolar com a ideia de que Rachel o beijou à força.

Sinto a raiva subir por meu corpo e tenho quase certeza de que meu rosto está avermelhado nesse instante.

Retiro todos os xingamentos que proferi a Louis alguns segundos atrás, o único válido é: infantil.

Qual a dificuldade de ir falar comigo primeiro? Poxa, eu não penso tudo aquilo dele, não mais. Só falei aquilo porque estava em um momento de pressão e não sabia se ele iria gostar que eu admitisse tudo para os nossos amigos.

Antes que eu perceba, meus pés já estão me guiando na direção em que o casalzinho está finalizando o beijão de novela que acabaram de dar. A ação até chamou a atenção de algumas pessoas, mas não muitas já que a maioria está bêbada.

Paro ao lado deles e espero os bonitos terminarem a sessão de selinhos, o ódio cada vez maior dentro de mim. Logo pego um dos braços de Louis com minha mão e o desgrudo de Rachel.

— Com licença. — dou um sorriso falso para a loira que parece satisfeita com algo. Ela pisca um dos olhos para Louis antes que eu comece a o arrastar.

— O que você está fazendo? — Partridge me perguntou com a expressão confusa, mas eu podia ver um rastro de sorriso em seu rosto, como se acabasse de provar algo para si mesmo.

— Cala. A. Boca. — pronuncio as palavras separadamente e continuo o arrastando em direção às escadas que dão ao segundo andar.

Andamos por um corredor até eu abrir a primeira porta que vejo, aparentemente um quarto de hóspedes.

— Olha aqui, você não tem o mínimo direito de estar brava ou magoada. Esse papel é meu, você quem fez merda. — Louis dispara e eu aumento o aperto da minha mão em seu braço, o provocando um resmungo de dor.

— Eu mandei você calar a boca! — seguro o grito quando termino de fechar a porta do quarto, percebendo agora que a luz do cômodo está apagada, mas não me preocupo em procurar pelo interruptor para acendê-la.

É um quarto de tamanho bom, uma cama de casal no centro com duas mesinhas de cabeceira, uma de cada lado. Um grande tapete escuro de veludo ao pé da cama, combinando com a colcha que forra a mesma. enormes janelas de vidro ocupam a parede ao lado da cama, nos permitindo ver as luzes da cidade em meio a escuridão.

— Vem calar. — Louis falou com braços cruzados, me fazendo parar de analisar o quarto.

Levei alguns segundos para entender a quê ele se referia.

Franzo as sobrancelhas e encaro sua expressão de desafio. Os olhos estão penetrantes, as luzes do lado de fora me ajudam a enxergar o brilho de seus olhos castanhos. Um brilho de expectativa, esperando pela minha próxima ação, ansiando pela minha próxima ação.

— Como é que é? — pergunto para ter certeza se ele disse aquilo mesmo. Louis Partridge me desafiando?

— Você não queria que eu calasse a boca? Por que não vem você mesma fazer isso? — fala devagar, prolongando as palavras.