Capítulo 7

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[capítulo atualizado]

Manuela

— Você não fez isso.

Antony afirmou, como se não quisesse acreditar que eu, fui eu mesma! Depois que contei para ele sobre o que aconteceu ontem depois que a Pilar apareceu apenas para me atormentar, ele ficou me dando lição de moral.

— E por que você acha que com ele seria diferente?

— Porque ele só tem sido gentil com você!

— Espera aí, Tony — estiquei minha mão — Desde quando você se tornou o advogado do Tobias? Eu mal conheço aquele cara e ele veio querer me dar lição de moral! — esbravejei — Ele mereceu a minha resposta e fim de papo!

***

Alguns dias depois...

Resolvi adiar minha festa até que eu estivesse me sentindo melhor. Bom, a festa seria hoje e eu não estava me sentindo melhor.

Não sei explicar, mas a discussão com o Tobias me deixou mal.

E para tentar melhorar meu ânimo, resolvi ir fazer a única coisa que ainda tinha o dom de me acalmar.

Coloquei meu short e minha camiseta já manchados por tinta e entrei no carro. Mas esqueci minha bolsa e voltei correndo para buscá-la. Assim que entrei novamente no carro, o liguei e arrumei o retrovisor, levei um susto que me fez gritar.

— Filho de uma... Sai agora do meu carro! — gritei.

— Manuela, por favor, me escuta! — Arthur implorava.

— Tenta falar... — fui para cima dele — Com as minhas mãos apertando sua garganta! — realmente tentei enforcá-lo, mas ele retirou minhas mãos facilmente.

— Você nunca permitiu que eu me explicasse!

— E por causa disso você invade meu carro?! — gritei ainda mais — Sai daqui agora! Traição não se explica!

— Eu ainda amo você! — ele gritou de volta — Eu cometi um erro, Manuela! Por favor, me perdoa! Eu me arrependo disso todos os dias!

Meu coração pulsava de uma forma tão nervosa, que estava começando a me assustar. Eu poderia esganar Arthur agora mesmo.

Fechei meus olhos e respirei fundo. Eu não queria, nem por um segundo sequer, que ele tivesse a audácia de pensar que ainda mexia comigo.

E no mesmo instante, um pensamento passou por minha cabeça. Se Arthur estava tão desesperado assim por minha atenção, talvez seja hora de ele ter o que merece.

— Eu vou deixar que você se explique.

Não olhei mais para ele, mas pude sentir sua euforia.

— Obrigado, eu sabia que...

O interrompi, não aguentando mais ouvir sua voz.

— Mas não agora. Não hoje. Apenas quando eu quiser.

— Mas Manuela...

— Agora, saia do meu carro ou eu juro que arranco com ele e enfio o lado do passageiro no primeiro poste que aparecer.

Ele sabia que eu teria coragem o suficiente para fazer isso, então saiu e bateu a porta.

Liguei para o Tony no mesmo minuto ou eu iria explodir. Ele colocou no alto falante, para que Vivi também ouvisse. Claro que deixei de fora a intenção de me vingar. Isso eu teria que fazer sozinha.

Por Caminhos Errados Onde histórias criam vida. Descubra agora