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No seu quarto escuro com as janelas fechadas com a cortina, você lia um livro que gostavam sempre de ler para ocupar sua mente.

O clima frio fez você ficar de baixo da coberta vestida com um moletom, só fazia sua noite ser mais perfeita. Olha para o relógio em seu criado-mudo e vê que não era mais de noite, e sim madrugada.

Concentrada em seu livro, a mesma tem seu foco tirado quando uma predinha é jogada em sua janela. Deixando seu livro de lado e abrindo a sua janela do seu lado.

Seus olhos se arregalam ficando sem acreditar em quem estava de frente à sua casa, era seu irmão que não o via a tanto tempo depois de uns acontecimentos.

Desce as escadas de sua casa rapidamente e coloca seu sapatos abrindo a porta da frente, depois de tanto tempo pode ver seu irmão mas, memórias dos seus últimos momentos juntos veem sua mente a deixando cabisbaixa.

-- Não tá feliz em ver seu irmão?

Seu irmão diz lhe abraçado com força a deixando surpresa, mas retribuiu o abraço mesmo assim. Seu irmão podia ter feito uma grande besteira mas, isso não mudava o fato dele ser seu irmão.

-- Por que veio aqui de madrugada, Kazu?

Desfizeram o abraço e Kazutora a ficou olhando sorrindo, seu físico, estilo e principalmente o cabelo tinham mudado. É claro que depois de tanto depois as coisas iram mudar.

-- Você cresceu, tô feliz em vê-la de novo. Nossos pais não iriam gostar de me ver aqui a luz do dia, eles não querem que eu estrague você com minhas atitudes.

Logo a garota lembrou que as atitudes do pai contra a mãe não mudaram nada, as vezes ela entrava no meio quando era criança para não ter que ver seu pai agredir sua mãe, ela não se importava de se machucar por sua família.

Abaixando a cabeça e olhando para o lado, Kazutora pega no braço de sua irmã e os dois começam a andar pelas ruas de sua casa.

Fazia tanto tempo que os dois não se viam que tinha desprendido a puxar assunto com seu irmão, olha de canto vendo a jaqueta que seu irmão está usando.

-- Você entrou pra tal Valhalla, Kazutora?

O olhando de canto os irmãos se entreolharam com a expressão seria no silêncio no ar, enquanto caminhavam Kazutora fala:

-- Você entende não é, S/n?

Kazutora não obteve resposta, S/n apenas ficou calada esperando seu irmão dar alguma justificativa.

-- A culpa não foi minha... E sim do Mikey, por isso vou fazer questão de mata-lo.

S/n parou de andar ficando incrédula com a resposta de seu irmão, o que ela queria falar era: "Agora é culpa do Mikey por ele ter um irmão" mas, levando em consideração o estado mental de seu irmão, ela pensou em uma resposta melhor.

-- Você acha que estaria certo fazendo isso?

Kazutora parou de andar e olhou para trás entre os ombros, sua expressão parecia estar procurando uma reposta.

-- Eu estou apenas fazendo o certo.

A garota preferiu ignorar aquela conversa e mudar de assunto, mas ainda queria fazer o seu irmão enxergar seu erro. Mas de uma forma pacífica, como na conversa ou tentando mostrar a realidade para o rapaz.

Seu irmão fez questão de a levar de volta para casa, por ser de madruga e nunca se sabe o que pode acontecer. Na entrada de sua casa, Kazutora pegou delicadamente no braço de sua irmã e puxou o moletom para cima, expondo as cicatrizes de seus cortes.

𝐂𝐎𝐋𝐋𝐀𝐏𝐒𝐄, Emma SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora