𝑺 𝑬 𝑽 𝑬 𝑵

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Emma colocou a bolsa na poltrona e foi em direção a cama de hospital, com os cheios de lágrimas, se quer derramou uma, depositou sua mão no lençou perto de sua mãos.

As mãos quentes tocaram as suas mãos frias cheias de feridas, recuou sua mão para mas perto de si dando espaço para ela, o que não adiantou já que Emma segurou sua mão contra a mão quente dela.

Se espantou ficando surpresa quando ela levou sua mão até o rosto dela, pode sentir sua pele macia contra a sua gelada, sentiu lágrimas escorrendo pelas sua mão escorrendo em volta de seu passo.

Com o polegar alisou o rosto dela retirando as lágrimas úmidas da seu rosto, levou sua mão livre até o cabelos loiros de Emma, colocou uma mecha atrás da orelha e a puxou devagar e com cuidado para seus braços.

Um abraço. Era o que ambas estava precisando, um abraço que para as duas duraria a eternidade, mesmo que fosse apenas segundo ou minutos.

A cabeça dela em seu pescoço e a sua na clavícula de Emma, quando a testa de S/n se encontrou com a pele dela fechou os olhos, e pode sentir a sensação de paz.

Uma sensação que saberia que me não duraria para sempre, queria que pelo menos uma única vez durasse pra sempre, pra sempre em meio ao seu colapso.

Quando abriu seus olhos de volta olhou para a porta da sala, e viu seu irmão a olhando no meio da pequena abertura da porta, fez um gesto com a mão para que ele fosse embora e voltasse depois, ele fez o que ela mandou.

Não queria aqueles problemas que tinha que resolver, não agora, não quando estava em uma zona de conforto nos braços de Emma.

Após um longo tempo naquele abraço, pode encarar aqueles amarelos-dourados de seus olhos, sentia dor naqueles profundos olhos que brilhantes.

Enxugando as lágrimas Emma disse que você quase morreu várias vezes, na primeira: quando te encontro jogada na grama ensanguentada, com a perna quebrada o braço torcido e além dos diversos hematomas e cortes por todo seu corpo, sua respiração estava fraca.

Na segunda: a caminho do hospital quando deu sua primeira parada cardíaca, enquanto Emma segurava intensamente sua mão na ambulância. Na terceira: na cirurgia da sua perna quebrada, deu hemorragia mas conseguiram conter.

Sentiu nas palavras de Emma o desespero que ela sentiu na hora, em todas as horas em que ela quase morreu. Seu braço torcido estava inchado e roxo, teria que ficar usando amuletas por duas semanas.

A garota cortou o silêncio dizendo:

ㅡ As coisas estão desmoronando, mas obrigada! Obrigada, por está comigo. ㅡ disse com os olhos ardendo por segurar as lágrimas por tanto tempo.

Emma deu aquele lindo sorriso que S/n amava tanto, sentiu um pouquinho de felicidade em seu coração vazio, depositou um beijo curto em sua testa e foi embora sorrindo.

Fechou os olhos e jogou a cabeça para trás sorrindo, não sabia o porquê estava sorrindo, apenas quis sorrir.

ㅡ Um sorriso no seu rosto, olha, essa garota faz milagres. ㅡ desfez seu sorriso contraindo sua boca em uma linha reta quando viu seu irmão escorado na porta.

ㅡ O que você quer?

ㅡ Nada, acredite. Só vim ver se está bem.

ㅡ Pronto, já viu pode ir. ㅡ estava sendo cruel demais, ela sabia disso.

Mas ainda sentia ódio pela última conversa  que eles tiveram junto do desgraçado de Kisaki...

ㅡ Deve estar sentindo poder, né?

Não respondeu, apenas revirou os olhos e fechou as mãos em punhos, forçando suas unhas contra sua pele fina a fazendo sangrar.

ㅡ Vai. Embora.

Disse em pausas. Kazutora riu baixo como sempre e foi embora, a olhou por cima dos ombros uma única fez antes de sumir.

Estava sentindo ódio por saber que estava sendo manipulada para manter o bem de todos. Nem queria pensar no que todos pensariam dela quando descobrisse a verdade por trás.

Mas não fez muita questão de se preocupar com o futuro, pelo menos não agora.

Dias depois...

Estava de volta no hospital, os médicos recomendaram fisioterapia para não correr o risco de perder o movimento de sua perna.

Também recomendaram terapia após ver os diversos cortes e cicatrizes no seus braços, o que não era só nos braços, pernas, coxas barriga... Só descobriram pois a enfermeira que tinha a trocado viu e contou ao médico.

Estava saindo do hospital após a sessão, quando passou por um quarto que conhecia. Era o quatro daquela garota que quase teve sua vida pelo fim pelas as suas mãos.

Lembrou dos pais da garota gritando com ela pois a culpa era dela. A culpa era sua, toda sua, era o que ouvia com seus 11 anos de idade.

Não botava a culpa na sua idade, porque afinal, era mesmo a sua culpa. Talvez devesse fazer terapia, talvez devesse controlar sua raiva antes que quase mate ou mate mais alguém.

Antes que suas mãos tenham sangue de mais alguém inocente.

Foi até a recepcionista do hospital e foi se inscrever em uma psicologia, terapia era demais para a garota no momento. Marcou a consulta e foi até a saída do hospital.

Encontrou Emma com uma caixa de chocolates tampando sua cara, sorriu de lado chegando mais perto. Quando chegou o suficiente ela retirou a caixa do rosto e fez um "Bu".

Ela entrou na brincadeira colocando a mão no coração fingindo ter levando um surto, deu a caixa para ela como presente, agradeceu e foram andando juntas enquanto dividiam a caixa se doces.

O que começou com um pesadelo retornando em seus traumas, acabou em dias agradáveis, porque sempre depois das  fisioterapia Emma a encontrava na frente dos hospital com um presente.

Doces, flores, bichinhos de pelúcia, cartas com poemas de livros que ela amava. Todos guardado em uma caixinha preta do fita branca, os bichos de pelúcia em cima de sua cama.

Talvez podesse ter a amizade de Emma, talvez podesse ter ao menos um pouco de felicidade em sua vida.


Contínua...


Espero que estejam gostando, não vocês!!

𝐂𝐎𝐋𝐋𝐀𝐏𝐒𝐄, Emma SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora