Música recomendável caso queria ler ouvindo algo: Backstabber - Kesha.
Deitada sobre a grama fresca com o vento gelado passando sobre sua pele. Sua cabeça estava entre um dos ombros de Emma. Viraram ambas os seus rostos, escorando a testa uma na outra ao fechar os olhos.
Emma deixou seus lábios quentes beijarem sua testa, antes de se levatantar para tomar um gole de água. Se sentou sobre a grama ao ouvir a pergunta de Emma.
ㅡ Qual foi o motivo de Cathe ter... Você sabe... Vi uma foto dela no armário da escola, junto com coroas de flores dos alunos.
Se deitou de novo com as mãos atrás da cabeça olhando o céu azul. Emma se deitou ao seu lado dessa vez com as mãos sobre a barriga.
ㅡ Era verdade o fato que ela gostava do meu irmão. Cathe vazia parte do clube de natação, sempre ia treinar após a aula. Sayuu vou até o inferno para descobrir de quem ela gostava.
Lembrou de quando brincavam os três; você, Kazutora e Cathe, de pega-pega em volta do parque ao lado da casa dela. Sorriu de lado ao ter a memória dos três comendo melancia na calçada da rua.
ㅡ Teve um dia que Sayuu e sua amigas foram ao clube de natação, e pegaram Cathe se trocando, a tocaram, e abaixaram seu maiô, antes de tirarem pegaram uma câmera e tirarem uma foto. Essa foto se espalhou pela escola. Sayuu e seu grupo colocaram a culpa em meu irmão que tinha invadido o clube e feito isso, foi só mais um motivo para ele ia ao reformatório...
Contou cada parte com os olhos fechados, não conseguia dizer isso enquanto ela a olhava. Foi uma grande sorte Emma não ter visto a foto ou que tenha soubedo do assunto. Emma agradecida por não ter visto a foto, e por não ter curiosidade para saber dos assuntos da escola.
Já tentou fazer Sayuu pagar pelo o que fez da falsa acusação contra Kazutora, contra o toque e fotos explícitas vazadas e tiradas contra uma menor de idade. Mas, sabia que tudo tinha seu tempo, talvez, estivesse quase no tempo certo.
Seus olhos se abriram por vontade própria ao sentir um peso sobre sua barriga, era Emma, que tinha deitado sobre ela olhando para o céu, olhou para você e deu um sorriso de conforto ao segurar em sua mão. Com a outra mão livre alisava os cabelos loiros da garota.
ㅡ Transformaram a vida dela em um tormento, transformaram a cabeça dela em um tornado. Já vi diversas vezes os alunos da escola a batendo na saída da escola, a xingando de cadela. As vezes isso vinha para mim, nunca a culpei por isso, nunca culpei meu irmão por isso.
Você culpa a si mesma.
Você não odeia eles. Você si odeia. Você é a única que tem o poder de ser a que mais se odeia de todos que conheceu.
"Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora."
Já tinha se acustamado a receber socos ao ponto de jorrar sangue. Nunca foi diferente. Nunca foi diferente em toda sua a vida.
"Você não pode mudar o futuro quando você mais o destrói."
"O futuro é incapaz de ser mudado. Não vai aprender a deixa-los para trás e seguir em frente?"
Isso soava em sua mente como um relógio. Não, era a resposta. Na época do fundamental sua maior vontade era de fazer algo divertido no qual ela poderia se arrepender depois. Mas, sua vontade constante de fazer sempre o certo para que não saísse fora dos trilhos era maior.
Sempre teve um desejo: "O desejo que pudesse receber amor o suficiente". Parece que isso veio cedo demais, agora que ela está recebendo esse amor não sabe como retribuí-lo. Como deveria agir ao receber elogios de Emma? Como deveria reagir ao os toques de Emma? Como deveria falar ao ouvir as palavras "eu te amo" de Emma?
Sua resposta era simples: não reagia, não respondia. Apenas sorria em forma de resposta. S/n se culpa por não conseguir desmontar da mesma forma.
Quando criança, via seus pais xingando um ao outro e as agressões... No começou pensou que deveria retribuir carinho e afeto assim, achava que era como seus pais se amavam. Ela era uma criança.
Ficou horrorizada ao descobrir que não era assim que se retribuía afeto ao ler um livro. Ficou com vergonha de si mesma ao pensar de forma estúpida.
Observava dois pássaros pousaram em um galho no seu ninho. Eles tinha uma família, um alimentava os filhotes, já o outro, cantava com as asas abertas. Aproveitam o fim da tarde juntas naquele dia.
Aula de artes, o professor andava pela sala, você encarava a tela de pintura branca em sua frente. O trabalho a ser feito era muito simples: expresse com a arte o que sente, o que quer que sinta.
Estava paralisada. Não conseguia pegar no pincel e traçar um linha.
"Traidora. Mentirosa. Manipuladora. Traidora. Mentirosa. Manipuladora. Traidora. Mentirosa. Manipuladora. Traidora. Mentirosa. Manipuladora. Traidora. Mentirosa. Manipuladora. Traidora. Mentirosa. Manipuladora. Traidora. Mentirosa. Manipuladora. Traidora. Mentirosa. Manipuladora. Traidora. Mentirosa. Manipuladora."
Vozes gritavam em sua mente. Mordeu a língua e engoliu a seco, pegou no pincel com firmeza e molhou na tinta preta. Começou fazendo traços com pouca precisão a cada pincelada, os traços estavam começando a ganhar vida.
"Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora. Traidora."
Os traços a levaram a fazer uma garota, uma garota se afogando. Fez questão de não se esquecer de desenhar flechas atravessando seu peito, pegando bem no coração. Molhou o pincel com tinta na água e fez como se fosse névoa em volta da tela.
Com um pincel menor, molhou a ponta no vermelho e pintou as pontas das flechas, representando sangue, foi finalizando pintando outros espaços com a mesma cor. Por fim, não poderia esquecer de representar duas coisas importantes; uma bala perfurada a testa da garota em sua pintura.
Finalizou escorrendo a tinta avermelhada pela testa.
O professor direcionou-se onde estava, olhou o seu trabalho e te elogiou pela arte com expressão de sentimentos. Mas, também ficou preocupado com o que queria está dizendo sobre seu desenho.
No final, não sabia quem era a garota na sua pintura. Não sabia se era você mesmo. Não sabia se podia ser até mesmo Emma. Transformou as palavras em sua mente em uma pintura. Transformou sua mente a beira de um colapso em arte.
"Traidora. Mentirosa. Manipuladora."
"Traidora. Traidora. Traidora. Traidora."
Uma traidora, era o que representa sua arte. Traidora. Traidora pestes a trair todos. Garota, você é uma traidora, você se orgulha disso? Se sente por fazer tudo isso?
Traidora.
Não importar quantas vezes tente mudar o futuro. Você é a quem mais sabe que nada, nada, irá tirar o fato de ser quem você é. S/n sabe disso, mas por que continua fazendo a mesma coisa sabendo o resultado disso?
Eu sei disso. Afinal, eu sou apenas a voz de sua cabeça narrando sua própria história. Eu sou o que você sente, traidora de quem ama, traidora de todos. Você se odeia por isso, todos a odeiam por isso.
Continua...
O que estão achando? Me digam isso me ajuda muito, amo vocês meus anjos >3
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𝐂𝐎𝐋𝐋𝐀𝐏𝐒𝐄, Emma Sano
FanficEm meio ao meu colapso, sou obrigada a te deixar ir. Onde você e Emma vão viver diversas aventuras, adrenalina e emoções, e descobrem um sentimento a mais no meio de tudo isso. Avisos! Altomutilação| Conteúdo sensíveis| Gatilho| Linguagem imprópria...