𝒩𝑜𝓈𝓈𝒶𝓈 𝓅𝑒𝑔𝒶𝒹𝒾𝓃𝒽𝒶𝓈 -𝐹𝓇𝑒𝒹 𝒲𝑒𝒶𝓈𝓁𝑒𝓎-

64- Tia Tiffy

Entramos dentro da arvore e nos sentamos na mesa, ela me serviu uma xicara de chá e para ela o mesmo, se sentou na cadeira a minha frente e respirou fundo.

-Me conte, me conte o que aconteceu com a Tia Tiffy! -ela diz e travei, ninguém sabia o que aconteceu a não ser meus pais e Isolt.

-Você viu minha mente, não? Na hora que eu mostrei meus poderes! -cheguei à conclusão e a mesma concordou. -O que quer saber sobre ela?

-Porque ela é especial? -a mesma me perguntou.

-Tia Tiffy, era tipo uma aluna/ auxiliar de Isolt, ela me ajudava quando passava mal, ela era minha amiga e quem cuidava de mim nas horas vagas, íamos a praia, ela era especial pois foi a única pessoa que não me via como algo que pudesse resolver ou arrumar. -A professora ouvia tudo atentamente. -Certo dia em Ilvermorny eu corri para a floresta, eu estava em chamas e ardia, meu corpo doía ardentemente, então antes que eu pudesse impedir Tia Tiffy veio junto a mim me ajudar, mas eu não precisava de ajuda, não quando eu podia a ferir, ela ficou perto demais, tão perto que meu corpo por ardência se tornou em chamas e logo incendiando tudo a minha volta.

A moça a minha frente não sabia se entendia o que eu falava ou se me perguntava algo, mas vi em seus olhos a confusão.

-Naquela noite Tiffy morreu queimada, pelas minhas chamas ao meu lado, eu a matei. -Digo abaixando a cabeça e sentindo lagrimas escorrerem por minhas bochechas.

-Bela! Eu sinto muito. -Foi o que ela disse quando estava saindo da arvore, vou ao meu quarto e me tranco, minha respiração estava pesada, os olhos ardendo e meu peito ardendo.

Uma musica surge em minha cabeça, canto ela em minha cabeça, a dor havia sumido.

Eu havia matado Tia Tiffy, mesmo que dissessem que não tinha culpa, eu tinha, eu estava lá, eu a matara.

Semanas se passaram e cada vez eu tinha mais aulas de magia natural, mais treinamentos, o que saia de mim agora parecia saber o momento certo para aparecer.

Eu sabia lutar e me controlar, me tornei a própria ancora, e ninguém poderia tira-la de mim. Eu era forte agora.

Eu caminhava pela floresta, era parte do treinamento, um corpo de madeira ia me derrubar de costas do chão, rapidamente minhas mãos se tornam arredondadas acumulando o fogo que ateava em mim, quando olho aos meus dedos, tinha um enorme globo vermelho quase pulando, minhas mãos se movem como lanças movendo o globo de fogo ao corpo de madeira, fazendo um buraco onde era para ser a cabeça.

Continuo caminhado até que paro perto de oito corpos de madeira, todos em pé, me movo ao meio deles, agora o globo em minha mão se aumentava junto a quando eu abria meu braço, até que o clarão vermelho se expandiu até o ultimo raio de sol, cobrindo a parte em que eu estava da floresta.

Fecho meus braços quando sinto minha cabeça arder em tontura, olho a minha volta, os corpos de madeira estavam destruídos, eu caio no chão, quando acordo não estou mais na floresta, estou em um lugar cheio de medi-bruxos e a diretora, todos me olham estranho, minha cabeça ardia um pouco, não estava com minhas roupas e sim com um pijama de hospital, quando percebe um borrão com cabelos laranjas apareceu na sala onde estava.

-Parece Bela, que esse senhor era seu contato de emergência! – A diretora diz e torno a olhar ao de cabelos laranjas, olhos castanhos e uma pinta no pescoço.

-Olá Encrenqueira!