𝒩𝑜𝓈𝓈𝒶𝓈 𝓅𝑒𝑔𝒶𝒹𝒾𝓃𝒽𝒶𝓈 -𝐹𝓇𝑒𝒹 𝒲𝑒𝒶𝓈𝓁𝑒𝓎-

36- Respostas incompletas

Na manhã seguinte, acordo com raios de sol invadindo a casa dos gritos, fico um tempo olhando para o teto, viro de lado olhando para Fred que estava dormindo como um anjo, só que ruivo, nunca havia percebido como ele ficava fofo assim, estava tão frio que meus dedos estavam congelando, e minha boca estava seca. Fico olhando por um tempo para Fred.

-Bom Dia minha princesa! -ele diz me assustando.

-Como sabia que eu estava acordada? -pergunto chegando perto dele.

-Sua respiração estava mais pesada. -Ele diz sorrindo malicioso.

Começamos a rir como dois idiotas e ele me beija, não um beijo desesperado, mas dava para sentir todas as emoções juntas, Amor, Carinho, Delicadeza e Saudade, tudo misturado em um só toque, dava para ver como me olhava com o sorriso bobo depois do beijo e mesmo com sono parava tudo para me dar bom dia e me beijar, poderíamos fazer isso todos os dias e mesmo assim ainda teria o mesmo significado e sentimento, seria perfeito. Fico imaginando como seria morarmos juntos provavelmente ia ser uma casa grande já que ele gosta de espaço, ia ter uma pequena biblioteca, um balanço de madeira na arvore gigante e nosso quarto perfeito, é uma pena que seja só imaginação.

Fred me abraça tão forte a ponto de esmagar meus órgãos, mas não ligo, pois, amo ser abraçada.

Depois de muita enrolação nos levantamos e arrumamos tudo, estava indo em direção a porta quando Fred me chama e me mostra uma tabua de madeira, ele a retira mostrando uma passagem que levava para fora da casa, estávamos nos campos de Hogwarts em poucos segundos de novo, não teríamos aula hoje já que era domingo então decidimos passar o dia na comunal junto com os outros.

Fomos caminhando e conversando até a comunal, quase não havia ninguém nos corredores, não era tão cedo, eram por volta das 14:00 da tarde já que acordamos tarde, estava morrendo de medo de Minerva nos encontrar e saber que passamos a noite fora, já que isso seria proibido sem um responsável, quando chegamos no quadro da mulher gorda, falamos a senha e entramos, George veio em nossa direção com um sorriso malicioso e entro em desespero.

-Onde os pombinhos dormiram? -Perguntou o mesmo levantando as sobrancelhas.

-No meu quarto, dormimos tarde e acordamos cedo e fomos dar uma volta! -digo e Bev vem em nossa direção.

-Ah, por isso não os vi quando fui dormir e quando acordei! -disse Bev apoiando sua cabeça no ombro de George.

-Por isso mesmo! -Fred disse e se sentou ao lado do irmão no sofá.

Subo ao meu quarto e me sento na cama com um sorriso bobo, olho para o teto da cama e fecho as cortinas olhando para o céu estrelado feito por Fred no inicio do ano, fico admirando as estrelas ali feitas.

-Bela! -diz Bev abrindo as cortinas da cama e me assustando.

-Oi, o que aconteceu? -pergunto e a mesma se senta em minha cama.

-O que tá acontecendo, se abra comigo, preciso saber, você tá diferente. -Ela fala e eu suspiro.

-Eu tenho algo que ninguém no mundo bruxo tem, desde pequena não sei controlar, estava tudo contido e cuidado, mas desde a segunda prova venho me descontrolando. -Digo olhando para baixo e a mesma dá um leve sorriso me apoiando a continuar.

-Não vou terminar esse ano aqui! – Digo e a mesma abre a boca para falar e a interrompo. – Aos 7 anos fui para Ilvermorny nos EUA, vim para Hogwarts aos 11 como todos, existe uma moça, Isolt, ela me ajuda desde pequena, mandei uma carta a ela pedindo ajuda, ela não pode me ajudar, mas sabe quem pode, me sinto bem e aliviada, alguém finalmente pode me ajudar mas me sinto triste e com saudades, vou perder o final desse ano e talvez um pouco do inicio do próximo, vou perder tempo com Fred e também com George e você e Angel. -Digo e sinto lagrimas em meus olhos.

-Quando você vai? -ela pergunta.

-Assim que o baile depois do torneio acabar! -digo olhando para baixo.

-Pense que é para seu bem, quando voltar vamos estar aqui do mesmo jeito que você se foi. -Ela diz me abraçando e a abraço de volta.

-Não conte a ninguém, nem mesmo quando eu for. -digo e a mesma concorda.

-Vamos descer? -ela pergunta

-Quero ficar mais um pouco aqui! -digo sorrindo e a mesma sai do quarto.

Fico olhando para todos os cantos do quarto como se fosse a ultima vez, acho que é mais difícil ir embora sabendo que vai e vai deixar coisas e pessoas para trás, as paredes da comunal da Grifinória continham lembranças e segredos, a caixa de som na cabeceira de Bev me lembrava da primeira musica que escutamos juntas no quarto ano, quando viramos amigas, nunca descobri o nome mas era algo tipo " I Am titanium", eu só sei que adorei aquela música, o pé da cama de Angel, que agora se encontrava meio ruido, na verdade foi ruido por um livro que Hagrid a emprestou, As janelas sem tranca, para Fred e George entrarem as vezes, as Estrelas na cama, os posters na parede.

Eram tudo lembranças maravilhosas de um pedaço da minha vida que nem se eu quisesse daria para esquecer.