48- 𝒯𝑒𝓇𝒸𝑒𝒾𝓇𝒶 𝒯𝒶𝓇𝑒𝒻𝒶 𝐼𝐼

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Saindo do quarto, não havia mais ninguém na barraca além de Cedric, Fleur, Krum e Dumbledor.

Ando até eles, com meus olhos pregados em minha mão, me sento ao lado de Cedric.

-Vai começar, tomem cuidado! -diz Dumbledor saindo da barraca e o seguimos.

Fred, George, Angelina, Bev e minha irmãzinha me olhavam.

-Boa sorte! -gritou minha irmã acenando para mim. -Arrebenta!

-Eu te amo! -Fred fala normalmente, mas como todos berravam, para mim foi como um sussurro.

-Atenção, estamos aqui para realizarmos a terceira tarefa do torneio; Cedric Diggory! -Dumbledor fala e Diggory levanta sua mão. -Fleur Delacour, Victor Krum.... E Isabela Wilson! Boa sorte Senhores e Senhoritas, que os jogos comecem, que a sorte esteja a seu favor!

3 segundos de silencio.

O canhão

Todos corremos para dentro do labirinto que se fechou atrás de nós assim que o adentramos, a lua quase não era vista, os tons roxos, rosa e azul se misturavam.

As plantas pareciam conversar entre si.

Eu corri o máximo e mais reto o possível.

As curvas me deixavam confusas, ouve um grito quebrando o silencio.

Meu coração acelera.

Corro pela mata, minha varinha em mãos quando avisto os gêmeos.

-Não precisamos de você! -disse Fred.

-Nunca precisamos! -completou George.

-VÁ! -eles berram.

E foi ali que eu percebi. Eram Bichos papões. Ando para trás em silencio.

-Riddikulus! -grito e eles explodem em confetes.

Meu pulso doía.

Corro a frente, viro à direita, a esquerda, corro.

Meu cérebro repetia: corra, corra, corra!

Então eu corri.

Meus pés fincaram no chão, algo me prendera.

A coisa subia do meu pé indo a minha perna.

-Incendia! -falo apontando minha varinha á coisa, que se encolhe de volta ao muro de folhas.

Olhando ao chão eu vi areia em meus pés.

A areia por mias que era aconchegando me lembrava de muita coisa.

-Flashback on-

A areia tocava meus dedos, minha mãe estava sorrindo ao lado de meu pai na areia.

Eu estava na beira da água junto a tia Tiffy, de Ilvermorny, eu tinha apenas 6 anos quando isso aconteceu.

Se eu tinha controle sobre mim?

Não, eu não sabia o poder que tinha.

Se eu me sinto culpada?

Sim.

Eu me sinto culpada.

Você joga fogo na madeira e espera que ela não queime?

Sim, era o que esperavam de mim.

Eu me sinto culpada por sua morte e de certa forma eu sou...

-Flashback off-

A areia subia até meu joelho agora.

Havia degraus na minha frente.

Era um templo, havia uma porta brilhando em azul.

A areia agora estava perto da minha cintura.

Eu comecei a andar.

Meus pés afundavam, eu precisava pular.

Eu precisava queimar.

Fecho meus olhos, sinto engolir seco, aperto minhas mãos, meu peito começa a arder, estava funcionando.

Eu queria só uma chama, pequena, mas que pudesse queimar a areia mágica.

Abro os olhos, eu nunca havia me visto queimar.

Minhas mãos estavam normais, tirando o fogo vermelho alaranjado nelas.

Era lindo.

Do meu corpo saiam faíscas de fogo, minha temperatura estava normal.

Toco a areia que some em menos de um segundo, sem olhar em volta subo no templo.

Ao entrar vejo a taça, ali pronta para a pegarem.

Estendo minha mão a ela, pego a taça sentindo o frio do cristal que ela é feita.

O templo some, volto ao chão do gramado.

Não havia barulho.

Eu estava fraca.

Eu quase não conseguia ficar em pé, corri para os lados, havia luz.

O portal de folhas se abriu revelando as arquibancadas.

Corro, não sentia mais meu corpo e quando vejo estou no chão, meu corpo no chão, cinzas saindo do meu corpo, ficando no ar.

Eu apago.

𝒩𝑜𝓈𝓈𝒶𝓈  𝓅𝑒𝑔𝒶𝒹𝒾𝓃𝒽𝒶𝓈 -𝐹𝓇𝑒𝒹  𝒲𝑒𝒶𝓈𝓁𝑒𝓎-Onde histórias criam vida. Descubra agora