𝒩𝑜𝓈𝓈𝒶𝓈 𝓅𝑒𝑔𝒶𝒹𝒾𝓃𝒽𝒶𝓈 -𝐹𝓇𝑒𝒹 𝒲𝑒𝒶𝓈𝓁𝑒𝓎-

50- 𝐸𝓈𝓉𝑜𝓊 𝒜𝓆𝓊𝒾

A mão que tocava meu braço era quente.

Meus olhos começam abrir.

Via vultos, uma cabeça ruiva, uma loira, e uma morena e baixa.

Deduzi ser Fred, Bev e Promprey.

-Querida me escuta? -Perguntou a enfermeira.

-Quem está aí? Quem é? Eu não vejo nada! -digo e escuto um suspiro longo.

-Sou eu Madame Promprey, Fred e Beverly estão aqui, George Wesley estava aqui, mas eu o obriguei a comer algo.

-Amor! Você está bem? -Fred perguntou beijando minha testa.

-Podemos dizer que sim, só vejo borrões! -digo

-Deve ser o efeito ao novo remédio que Snape passou! -disse Promprey.

-Snape passou um remédio? Provavelmente foi veneno! -ele sussurra baixinho a última frase.

-Querida vou lhe dar esse remédio, você vai dormir e acordara assim que o remédio que Snape me deu passar! -disse olha e me deu um copinho que levo até a boca, me deito e caio no sono de novo.

Eu estava no escuro de um quarto, tia Tiffy estava sentada comigo no chão do quarto, ela ria, seu sorriso era marcante.

Seus cabelos ruivos presos em uma trança longa, ela era minha amiga, ela estava no oitavo ano de Ilvermorny com 18 anos, eu era pequena devia ter uns 7 anos na época, ela morreu quando eu tinha 8, então deduzo que tinha 7 quando nos conhecemos.

Ela era assistente de Isolt, eu havia acabado de ter um pesadelo, eu estava caindo, caindo, caindo de uma torre, a mesma em chamas, as chamas que mataram todos no castelo no pesadelo.

Ela me acalmou, sorrimos com suas piadas, tomamos sorvete escondidas, era tipo minha irmã mais velha.

Um ano depois ela estava em chamas.

A lembrança muda.

Eu estava em casa, eu tinha treze anos.

Lembro que tudo me irritava, minha irmã, meu pai, minha mãe.

Nada me fazia simplesmente feliz, eu estava correndo na floresta atras de casa, havia fogo, não me lembro de mais nada, só que eu estava no chão e que logo depois acordei na cama do hospital bruxo.

Lembro de todos os pesadelos da minha infância: meus pais mortos, minha irmã morta, meus amigos mortos, fogo por todo lado, eu queimando.

Lembro de tremer, roer minhas unhas até sangrarem, minha boca inteira mordida, lembro de não querer comer.

Lembro de tudo como se fosse hoje, mas não era, então porque me lembrava de tudo como se estivesse vivendo agora.

Lembro que minhas inseguranças começaram a se tornar problemas.

Lembro quando sentia nojo ao me olhar no espelho, eu sentia vontade de vomitar e vontade de não comer, lembro de passar pimenta em minhas unhas e de me cobrir com três cobertores quando tremia mesmo sabendo que não era por frio.

Eu lembro de tudo, tudo o que me fizeram passar, tudo o que eu me fiz passar.