𝒩𝑜𝓈𝓈𝒶𝓈 𝓅𝑒𝑔𝒶𝒹𝒾𝓃𝒽𝒶𝓈 -𝐹𝓇𝑒𝒹 𝒲𝑒𝒶𝓈𝓁𝑒𝓎-

74- Aniversario de Bev

Dias se passaram e nada de Jacob acordar, era sábado, aniversario de Bev, decidimos ir a Hogsmead e depois voltaríamos a Hogwarts, George tinha uma surpresa para a garota de cabelos loiros.

Assim que chegamos ao três vassouras comemoramos com bolos de cereja e morango e vários copos de cerveja amanteigada. Bev estava feliz, estava vestida com o vestido que sua mãe lhe deu de aniversario, ele era repleto de morangos e era rosa, seu cabelo estava deslumbrante. Estávamos todos animados, pois saberíamos o que viria depois.

George vendou os olhos de Bev e a foi guiando junto a nós, para perto do campo de margaridas, dentro dos campos de Hogwarts, haviam uma enorme toalha de piquenique ali, nas cores laranja e cinza e uma cesta ali.

George se colocou em sua frente e ficamos atrás do ruivo, o mesmo retirou delicadamente o tecido dos olhos de sua namorada, olhando no fundo dos seus olhos e se afastando um pouco.

Antes que pudéssemos perceber ele retirou do bolso uma caixinha rosa e se ajoelhou na frente da garota, um sorriso foi estampado no rosto de todos e então George se tornou a falar.

-Beverly Thompson, minha querida, você aceita se casar comigo? -perguntou George e Bev se ajoelhou o abraçando.

-Sim, meu Merlin, Sim, Sim! -disse ela o beijando, passamos a noite ali, conversando e dormindo naquela toalha de piquenique, na manhã seguinte só sobrou eu e Fred ali dormindo, acordamos quase juntos, e ficamos ali sentados um tempo conversando, assim que o sinal bate andamos pelos corredores.

Fred e eu não acreditávamos que George estava noivo, não por mal, mas era o George, ele é brincalhão e nunca namorou ninguém tirando a Bev, e agora os dois estão noivos.

As horas passaram rápido por nós como o vento passa balançando as folhas de uma linda arvore, assim que vimos era de noite de novo.

Na terça, madame Promprey me chamou na ala hospitalar.

Eu corria pelos corredores ignorando quem estava ali, o frio acariciava minhas orelhas, chego quase sem ar na ala hospitalar, Jacob estava sentado na quarta maca, seu rosto estava meio pálido, mas ao me ver ele reagiu, tornando seu rosto avermelhado.

-Bela! -ele diz e me aproximo.

-Você tá bem?

-Hum? É, eu acho que sim...O que aconteceu? - ele perguntou confuso e me sento na maca, a sua frente, ele não se lembrava?

-Eu não sei, eu...estávamos na comunal bebendo e conversando e de repente você recebeu uma carta, você saiu da rodinha de grifanos e leu ela no canto da sala, e automaticamente você saiu da comunal. -Digo respirando fundo e o garoto a minha frente segura minha mão e a aperta, mas sem doer.

-Por favor, continue. -Ele diz e sua voz um pouco grossa e angelical soa pela sala.

-Eu fiquei preocupada e fui atrás de você, quando segui você, fui levada a sala de aula, a torre de astronomia, ninguém me viu inclusive você, mas assim que percebi, você se jogou da torre, eu tentei te salvar e consegui, mas quando te trouxe ao chão novamente, não estava acordado...Jacob se passaram dias, eu perdi a conta de quanto tempo.

-Oh, Merlin, eu....eu não sei, eu acho que foi a carta da minha mãe.

-Mas porquê? Porque se matar por conta de uma carta.

-Ela disse para voltar para casa, eu amo a escola, bela, eu amo estar com você, estar aqui com você é a melhor coisa que aconteceu comigo! -ele diz e o abraço com força, suas palavras me atingiram como vidros, quebrando meu coração e me fazendo o entender, eu também estaria assim se fosse um de meus amigos, e ele é.

-Você não pode voltar! O ano ainda não acabou, fique até a formatura, por favor. -Digo e ele assente segurando seu pescoço e respirando fundo como se precisasse se recompor, me levanto e lhe entrego a poção em cima da mesinha do canto, o mesmo a abre e bebe o liquido verde cuidadosamente.

-Vai ficar tudo bem, né? -ele perguntou como se houvesse a probabilidade de que sim, ficaria tudo bem, mas eu realmente não sei, acho que sim, e espero também.

-É, eu acho que sim. -Falo como se desejasse isso e ele entende que nem eu nem ele sabíamos se isso era verdade ou não.

***

O salão principal estava frio, as comidas cheiravam maravilhosamente, Fred se sentou ao meu lado e George e Bev em nossa frente.

A comida foi liberada, me sirvo com frango e purê de abobora, bebo uma limonada. As outras mesas também foram servidas junto, todos foram comendo o delicioso jantar e quando percebemos, estávamos saindo do salão.

Seguimos pelos corredores até a comunal, a alegria dos alunos era contagiante, George e Bev conversavam junto a Lino, os três se sentaram no sofá e riam alto, tão alto que os monitores nos pediram silencio. Fred se soltou junto a eles e me sento na poltrona.

Penso nos momentos em que tudo começou, quando conheci Bev, nos esbarramos nos corredores e em minutos estávamos rindo como se nos conhecêssemos a anos, Lino e aquele encontro, ele é legal, Angel se afastou um pouco, mas ainda assim era uma das minhas melhores amigas, ela chegou em mim no meu pior momento.

Fred e George, minha segunda família, quem me protegeu todo esse tempo, eu os amo, na plataforma 9 ¾ eu não sabia quem seriam pra mim, eu só senti, eles são como um shot de expresso, são como tomar banho de sol toda hora, eles têm muita energia e entusiasmo, eles têm esse senso de brincadeira e diversão que é incrível.

Tudo passou rápido demais, em um dia eu era uma garota de onze anos, descobrindo o mundo já tomado pelas pessoas, algumas cruéis outras não, as pessoas com quem convivi formaram quem sou hoje, agora o tempo parece ser relativo.

As coisas mudaram para melhor talvez.