capítulo 24

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Louis pov.

-Por favor, deixe-me sozinho agora, Harry.

Ele acariciou-lhe os cabelos uma vez mais e se foi.

Louis imaginava que não conseguiria cerrar os olhos devido ao desespero, mas enganou-se. Dormiu sem perceber, mas foi um sono inquieto, cheio de sobressaltos. Sonhou com seu filho, que os seqüestradores o estavam torturando. E acordou gritando por Ben.

Harry entrou no quarto assim que o ouviu.

-Calma, Louis! Foi apenas um pesadelo.

Louis o encarou.

-Nada ainda?

-Nada.

-Que horas são? Por quanto tempo eu dormi?

-É meio-dia.

-O quê?! E ainda não fizeram contato?!

-Ainda não.

-Não pediram um resgate?

-Não.

-Nem telefonaram?

Harry maneou a cabeça.

-Deus, por que está demorando tanto?! Quero meu filho de volta! Ben deve estar apavorado! Nunca esteve longe de mim por tanto tempo...

-Eu sei.

Mais uma vez Harry o afagava, terno, carinhoso. E sua atenção parecia surtir efeito.

Louis sentia que a presença de Harry e sua força o ajudava. Harry se preocupava, cuidava da situação, ajudaria a encontrar Ben. Assim recostou-se nele, indagando:

-O que devemos fazer?

-Estamos almoçando, eu e minha mãe. Depois irei até a delegacia outra vez. Quero saber em detalhes tudo o que anda acontecendo.

-Então, vou com você.

Louis comeu pouco.

-Acha que estão cuidando dele? - perguntou, ainda muito angustiado. -Acredita que podem feri-lo?

Mas, antes que Harry pudesse responder, a empregada apareceu, trazendo um envelope, que entregou a Harry.

Ele abriu rápido e leu seu conteúdo. Depois, sem dizer nada, entregou-o a Louis. Era uma exigência de um milhão de dólares.

-Talvez não saibam que estão com o menino errado.

-Faria alguma diferença, Harry? Demos uma boa indicação da nossa intimidade. - o rosto de Louis se tornou mais corado ao lembrar do que acontecera entre ambos. Ainda se sentia dolorido.

Harry o encarou por segundos.

-Sei que não é o momento mais apropriado para dizer-lhe, Louis, mas você é incrível.

-Não, não é o melhor momento, mesmo. O que vamos fazer sobre isto? - ergueu o bilhete.

-Levá-lo à polícia, é lógico.

-Mas aqui o seqüestrador diz que não quer a polícia envolvida no caso.

-É o que sempre dizem.

-Não pretendo fazer nada que coloque a vida de Ben em risco.

-Ah, eu queria tanto saber quem está por trás disso! Quem resolveu fazer isso comigo!

-Com você? Por que tem de se preocupar?

-Acha que por Ben não ser meu filho eu me preocupo menos? Droga, Louis, devia me conhecer melhor!

Seduçao nas montanhas (larry stylinson)hiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora