capítulo 25

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Harry pov.

-Você merece umas férias - disse Harry, com suavidade. -Precisa relaxar e se divertir um pouco.

Alguns dias tinham se passado desde o resgate de Ben.

-Podemos deixar os meninos com minha mãe e...

-Como pode sugerir tal coisa, Harry?! Não sabe o que passei por sua causa? Quero ir para minha casa! Na Inglaterra! Terá de encontrar outro babá para Nikos, porque não quero mais o emprego.

O impacto do que ouviu deixou Harry espantado. Louis queria abandona-lo! Queria sair de sua vida de uma vez! E, pela primeira vez ele não sabia o que dizer.

-Por quê?

-Ainda pergunta? Além dos motivos óbvios, não tenho talento algum para ser babá. Na verdade, acho que nem quero trabalhar num escritório. Nunca mais.

O que Louis pretendia era ver-se livre dele de uma vez por todas, e isso era como uma punhalada em seu peito.

-O que...o que quer fazer, Louis? Precisa criar Ben, sustenta-lo. Seu salário em minha empresa é muito bom, não conseguira ganhar mais em outro lugar.

-O dinheiro não é tudo, Harry.

-Não foi o que me disse antes.

-Porque eu não sabia que viver com você seria tão arriscado. E não tente me fazer mudar de opinião. Será apenas perda de tempo.

-Muito bem, então. Voltaremos para a Inglaterra. - ele concordou, mesmo sem saber se aquela seria a melhor solução.

Deveria declarar naquele instante seu amor? Afinal percebia que Louis estava ainda um tanto fora de si, muito abalado pelo que acontecera. Poderia achar que ele estava mentindo apenas para tentar persuadi-lo.

Harry compreendia o quanto Louis se culpava por terem deixado que Craig Eden entrasse na cabana naquela noite porque estavam envolvidos demais um com outro. Mas seria uma culpa com a qual ele teria de aprender a conviver.

No entanto, Louis precisava perceber que Harry também tinha remorso, que não poderia ter se sentido pior quando descobrira que o menino foi levado.

Louis entrará em seu caminho para mostrar-lhe o quanto negligenciara Nikos, o quanto ainda poderia usufruir da companhia dele. E fizera-o ver que havia vida e felicidade além da morte.

Mas o grande problema era que Louis não queria um companheiro. Vivia feliz apenas com o filho. Podia esquecer sua decisão às vezes, deixar-se levar pelos sentidos.

Talvez o tempo e uma grande dose de paciência fossem a resposta para seu casa. Quem sabe fosse melhor deixa-lo ir...

Contudo não seria capaz.  

Seduçao nas montanhas (larry stylinson)hiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora