Seremos Família

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O dia logo clareou, mas os jovens namorados nem perceberam que a comunal ficou clara, nem repararam nos passos até eles enquanto se espreguiçavam.

- Espero que só tenham dormido. – Snape disse travesso.

- Padrinho! – Draco ralhou – Por que sempre tão silencioso? E sim, apenas dormimos, não somos imprudentes.

- Vão se trocar então, dessa vez não terá detenções, mas na próxima não terá escapatória.

Ana subiu até seu dormitório, em sua cama tinha um embrulho e uma carta.

"Minha querida,

Acho que esse vestido ficará lindo em você, Narcisa e eu escolhemos especialmente para o baile. A embalagem embaixo é a roupa de Ron, compramos um traje a rigor novo, o de baixo é o tradicional que Dumbledore pediu para colocar no museu de moda bruxa, poderia entregar?

Com amor,

Mamãe."

- Isso vai ser tão divertido! – Ana disse pegando o embrulho do traje tradicional, logo após as aulas ela iria levar até seu irmão, Ron iria desmaiar.

Ao fim das aulas, Ana saiu obstinada a encontrar o irmão, mas nem ele nem seus amigos estavam no castelo.

- Senhorita Weasley. – Dumbledore disse. – Esse deve ser o traje que sua mãe me enviou, certo?

- Sim, senhor. – Ana entregou a contragosto.

- Faça a pegadinha, senhorita, acho que crescer com os marotos não foi uma boa influência. – Ana ficou surpresa com a declaração de Dumbledore. – Seu irmão e seus amigos saíram junto a Draco, foram ao Beco Diagonal.

Ana agradeceu e saiu curiosa, o que eles estariam fazendo lá?

****************

Draco estava incomodado de estar tão perto de Potter, ele achava que por mais que ele gostasse de Daphne, ele nutria algum sentimento por Ana, claro que ele não perguntaria isso a sua namorada, ela era capaz de azara-lo por ser um idiota controlador, então decidiu confiar na jovem que desde criança era muito sincera.

- Já sabe o que vai comprar a Ana? – Harry perguntou a Draco enquanto estavam chegando no Gringotts.

- Talvez um colar, nunca a vi com pulseiras... – Draco achou que era um bom momento para um esforço pelo bem maior. – Você a conhece mais, o que ela gostaria?

- Acho que qualquer coisa que você der, sabe, ela gosta de verdade de você Draco.

Draco ficou mais tranquilo depois de perceber que até seu "rival" via o sentimento que Ana nutria. Quando chegaram em Gringotts, ele viu Ron se sentindo mal por quase não ter ouro no cofre.

- Pode pegar do meu, Ronald. – Draco ofereceu. – Afinal, se sua irmã aceitar o cortejo seremos família, e família se ajuda.

- Não, Draco, não posso aceitar isso.

- Não é caridade, Ronald, você vai comprar um presente a Pansy, se não for grande, espalhafatoso e ridiculamente caro ela não vai gostar, aceite.

Ron aceitou a oferta de seu futuro cunhado e pegou um punhado de ouro, Draco revirou os olhos e conjurou um saco de veludo preto, aplicou um feitiço indetectável de extensão e colocou milhares de galeões dentro.

- Acredite, em duas joias iremos usar tudo, minha mãe sempre me diz "A uma dama, você só dará joias de verdade, nada de segunda mão ou bijuteria."

- Acho que por isso que minha mãe gosta da sua...

- Sim...

- Vamos logo! – Harry pediu, feliz por ver a interação deles, Ana ficaria feliz.

Juntos foram a joalheria e escolheram presentes. Ron e Harry foram rápidos, sabiam que elas eram pessoas ricas e escolheram o que Draco orientou, mas quando o assunto era Ana Weasley, Draco estava cauteloso, nenhuma joia iria transmitir o que aquela bruxa era. Então Draco viu uma esmeralda verde em uma gargantilha cravejada de diamantes, mesmo sendo um objeto forte, a peça ainda era delicada, assim como Ana.

- É essa!

Com amor, Anastásia WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora