Blefar e regras

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Blefar é enganar o adversário, fazendo acreditar numa situação que não é a real e levando-o a desistir do jogo. Agir dissimuladamente para enganar alguém ou lhe esconder a verdade,

O blefe é uma das armas que mais uso, fingir ser quem não sou ou sentir o que não sinto é a forma mais rápido de conseguir algo, na maioria das vezes é atrasar o meu oponente e em outras vezes é apenas pelo prazer. 

Eu já estava cansada dessa festa nesse iate e só havia passado duas horas desde que cheguei. A maioria das pessoas já estão bêbadas e nuas, principalmente as garotas e eu me pergunto se elas não tem noção do perigo que estão correndo em estarem tão vulneráveis,

Duas regras minhas que comecei a seguir por começar a trabalhar como assassina e ter mais inimigos do que consiga lembrar, as regras são; Nunca beber o suficiente para perder os sentidos e me tornar um alvo fácil e nunca beber algo que não esteja lacrado ou que eu veja todo o percurso de preparo.

Mas essas regras não deviam ser apenas seguidas por eu ter vários inimigos e sim, também pelo fato de eu ser mulher.

Seria ótimo se homens soubessem agir como homens e ter a porra do caráter mínimo para que mulheres não precisassem viver constantemente assustadas e com receio mas infelizmente a realidade é totalmente oposta.

Charles está do outro lado do iate conversando com algumas das poucas pessoas suportáveis aqui dentro, eu estava lá com ele porém. Acabei esgotando minha bateria social rápido de mais e resolvi me afastar um pouco deles,

the weeknd - earned it começa a tocar baixinho, algumas meninas gritam a letra.

Eu fecho os olhos sentindo a letra ecoando em meus ouvidos, deixo a batida movimentar meu corpo e simplesmente começo a seguir o ritmo aos poucos. Movimentando meu quadril, passando as mãos em minhas curvas, descendo a mão até minhas coxas, volto por minha bunda e deslizo as mãos como uma serpente entre minha barriga e meus seios,

Jogo a cabeça um pouco para trás e rebolo devagar de um lado para o outro. Sinto alguns olhares encima de mim mas não abro os olhos para confirmar quem está me olhando. Deslizo rebolando até o chão e subo jogando a bunda para trás e então sinto uma parede de músculos atrás de mim. Braços rodeiam minha cintura me puxando para trás. Uma mão forte sobe entre o vão dos meus seios e para apertando delicadamente o meu pescoço.

Meu corpo todo se arrepia com o toque áspero e ao mesmo tempo sútil. Tudo ao meu redor parece ficar quente, um calor surreal aquece meu corpo fazendo minha nuca suar

- Eu deveria ficar muito puto por você estar fazendo eu desfilar com uma ereção.

A voz rouca de Aaron chega até meus ouvidos enquanto ele aproxima o quadril da minha bunda e rebola acompanhando meu corpo. O pau dele fica entre minhas nádegas e eu sorrio.

Coloco o braço para trás da cabeça dele com a mão direita puxo alguns fios de cabelo e a esquerda coloco encima da mão dele que está em meu pescoço. Enquanto ele faz minha cabeça ficar apoiada em seu ombro direito,

Ele rebola ao mesmo tempo que empurra o quadril e se esfrega em minha bunda.

- Raposinha, precisava ser tão gostosa?

Abro os olhos quando ele beija o espaço entre minha clavícula e meu pescoço e então fico presa nos verdes intensos dos olhos dele, ele sorrir cafajeste e então é que me dou conta da merda que estava acontecendo.

Caralho.

Dou um passo para frente saindo do calor do corpo dele e imediatamente sinto frio, ele parece se dá conta também e pisca algumas vezes mas logo se recompõe e começa a sorrir

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