Luz negra

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O céu alaranjado indica que logo o sol brilhará,

Embora, a neblina esteja flutuando ao redor do carro, o inverno esse ano está suportável. E eu odeio com todas as minhas forças o frio, porém esse ano não estou tão irritada com ele,

Já sentada de forma confortável no banco de passageiro, nem perco tempo em tentar arrumar a bagunça pós sexo que estou.

Quem se importa?

Respirando fundo olho para a janela, uno as sobrancelhas quando lembro desse caminho, olho para Valentino em um rompante e ele dá uma risada baixa antes de pegar minha mão e dá um leve beijo. A confusão brilha em meus olhos e ele obviamente percebe, eu nem tento esconder. Como ele conhece esse lugar?

- Eu não tirei os olhos de você durante esses anos, eu sabia desse lugar e o quanto ele é importante para você. Sinceramente? Mexi uns pausinhos e comprei esse lugar, é seu!

Limpo a garganta em choque e baixo o vidro da janela, o vento frio bagunça meu cabelo. O cheiro fresco do pinho das árvores chega até mim, na metade dos troncos dessas árvores há marcas de tiros desparados por minhas armas.

Meu pai e eu encontramos esse lugar por acaso, muito dos meus treinamentos foram feitos aqui, fecho os olhos com as lembranças. As lembranças dos latidos de meus cachorros correndo livres em meio as árvores deixa meu peito em êxtase, foi aqui também que puxei pela primeira vez o gatilho de uma sniper. Valentino estaciona no limite, agora precisaríamos seguir andando, já que é impossível o tráfego de carros, em silêncio desço do carro junto a ele, analisando tudo, luzes ao longe chama minha atenção, pois não tinha elas antes. Paro quando no lugar que deveria ser um campo vasto e vazio encontro uma linda cabana de madeira marrom.

Porra Valentino...

O lago que no verão é uma delícia de se dá um mergulho, está com leves ondas causadas pelo vento. A água deve está um inferno de gelada

- Você fez tudo isso?

Sussurro baixinho olhando para a cabana, Valentino para na minha frente e segura meu queixo obrigando-me a olha-lo nos olhos.

- Sim, você não gostou?

A preocupação é evidente em seus olhos e voz, incapaz de respondê-lo com palavras eu o beijo, as mãos de Valentino seguram meu rosto com delicadeza enquanto nossas línguas entram em uma dança suave e calma. Sem luxúria ou malícia, apenas carinho e paixão. Unindo nossas testas ele continua segurando minhas bochechas ao dizer;

- É seu canto linda, é para cá que você pode vim se quiser fugir do caos de tudo. Dentro da cabana há quatro quartos, um para cada um de seus irmãos e um para nós.

Ele se afasta e movimenta a mão sinalizando tudo ao nosso redor com entusiasmo.

- É pequena, pois já vir que vocês gostam de ficar juntos sempre! Mas se você quiser mudar alguma coisa sinta-se livre, é sua!

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