Mas não é imortal

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Caminho entre as diversas mesas em mogno preto espalhadas pelo local, com homens e mulheres de todos os tipos e idades, puxando as mangas de minha camisa social até meus cotovelos ignoro todos que me cumprimentam e sigo em direção ao escritório do prostíbulo.

Dois seguranças estão em pé com os braços cruzados quando chego enfrente a grande porta de metal, eles me analisam por alguns segundos antes de abrir a porta e me deixar passar, o cheiro do charuto cubano chega até mim, está tudo uma penumbra escura e apenas a fumaça que sai do charuto denuncia em que lugar Russo está sentado. Me aproximo a passos confiantes e sento-me em uma poltrona enfrente a mesa em que ele está sentado.

- A que devo a sua visita?

Ele não olha na minha direção para perguntar e continua assistindo as pessoas lá embaixo através da parede de vidro, ele ver todos mas ninguém consegue vê-lo a menos que ele queira e na maioria das vezes ele não quer.

- Estou apaixonado por ela!

Falo sem rodeios como sei que ele gosta e o velho não me dá nenhuma resposta além de uma risada descrente e um acenar de cabeça

- Eu também achava amar minha mulher.

Ele gira a poltrona dele e para de frente para mim, com os dedos ele coça a barba ruiva

- Pessoas como nós não amamos!

Ele fala com tanta certeza que faz eu me arrepiar, Russo não espera que eu responda quando aperta um botão que tem na mesa dele do lado direito, eu sei exatamente para que esse botão serve e continuo o encarando.

- Eu a amo Russo, não estou brincando.

Ele faz um triângulo com as mãos e suspira

- Considere como um presente pelos últimos anos, quando eu acabar com ela se sobrar alguma coisa daquela garota. Ela será sua!

Ela será sua!

Um sorriso satisfeito cresce em meu rosto e a porta que passei a minutos atrás se abrem, uma loira em saltos altíssimo atravessa a porta e caminha desfilando em minha direção,

Russo gira a poltrona dele e volta a analisar as pessoas lá embaixo quando a loira para em minha frente, a mulher não usava nada além de uma fina calcinha de renda vermelha.

- Em que posso ser útil, senhor?

A voz dela é irritante mas ignoro isso

- Chupe meu pau, engula até a base.

Sem precisar de outro aviso, a mulher se ajoelha à minha frente e se livra do botão, zíper e cueca, agarrando com força o meu pau. Relaxo-me ao esticar as pernas, recostado na cadeira e aproveito para colocar whisky no meu copo. Encaro o teto antes de fechar os olhos e saborear da sensação que as mãos e boca da loira me dão. Lembro-me da garota de cabelos negros que vem povoando meus pensamentos, lembro-me do cheiro dela.

Ah, minha linda e perigosa Raika.

Aproveito para agarrar a nuca da mulher que permanece me chupando e forço sua cabeça até ouvi-la engasgar. Não desço os olhos para observá-la, pois todos os meus pensamentos estão na outra e imagino ser ela a comer o meu pau, faço a loira engolir meu pau em uma garganta profunda e não a solto, mesmo diante do seu visível engasgar e os leves toques em minhas coxas, empurrando-me. Como sou mais forte, permaneço prendendo-a. Empurra a cabeça dela para mais baixo enquanto empurro o quadril para cima mais rápido, o barulho molhado do boquete me excita.

- Porra...

Empurro a mulher quando sinto minhas bolas ficarem pensadas, levanto-me e quando a prostituta vem beijar minha boca eu dou um tapa forte no rosto dela, com o impacto o rosto dela cai para o lado e quando ela volta a me olhar seus olhos pretos estão marejados e o canto de seus lábios está sangrando.

- Vagabunda, não tente me beijar.

Coloco a mulher de costas para mim com o joelho apoiado na poltrona. Pego uma camisinha no suporte luxuoso em cima da mesa e protejo meu pau. Puxo a pequena peça de pano para o lado e me enterro no ânus dela, sem nenhuma preliminar ou aviso.

A prostituta se encolhe com dor mas eu não paro e continuo bombeando para dentro dela, fechando meus olhos com força em busca das minhas lembranças com Raika, o tesão vai para um nível muito maior e eu arrombo o cu da mulher com gosto, sem descanso e sem diminuir a velocidade por nenhum segundo

- Tá doendo.

A voz chorosa da puta chega até mim e eu dou um tapa forte na bunda dela que deixa marca

- Não mandei você falar, porra.

Abro meus olhos com raiva por ter sido interrompido e quando encaro meu pau entrando na vadia, vejo que ela está sangrando, dou de ombros e continuo fodendo ela como um animal até que sinto meus jatos de porra encherem o látex da camisinha.

- Vaza!

Ordeno e a mulher sai gemendo de dor, abro os botões de minha camisa e bebo o whisky

- O que você achou dessa aí?

Escuto Russo e sento-me largado na poltrona

- Muito fraca, mate-a.

A risada rouca e fria dele ecoa pelo cômodo, mas ignoro e continuo bebendo o whisky

- Quando você vai agir?

Questiono quando já estou mais tranquilo

- Logo, já era para ela está no inferno mas mandei uns incompetentes até Londres.

A raiva na voz dele não passa despercebido por mim e sinto agonia ao lembrar que por pouco Raika não está morta agora.

- Eles não eram incompetentes é ela quem é boa para caralho, isso você tem que admitir.

Encho novamente o copo esperando resposta

- Ela é boa mas não é imortal!

Paro e coloco o copo novamente na mesa

Mas não é imortal.

Por que isso está parecendo um presságio?

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Quem é, quem é?


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